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Óleo na praia: cancelamento e alteração de pacote de viagem depende de acordo

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Óleo na praia: cancelamento e alteração de pacote de viagem depende de acordo

O número de consumidores que procuraram as agências de viagens em Mato Grosso para remarcar pacotes de viagem para o Nordeste ainda é baixo. Em Cuiabá, uma única pessoa procurou a Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon) pedindo o reembolso ou alteração do período.

A superintendente do Procon-MT, Gisela Simona, explica que nesse caso, a família iria para Ilhéus (BA), uma das áreas afetadas por um vazamento de óleo que ainda é investigado pela Marina e Petrobrás.

Como a família procurou negociar com antecedência, a empresa aceitou remarcar a viagem para outra data.

Superintendente do Procon-MT, Gisela Simona, explica que casos serão analisados individualmente (Foto: Jana Pessôa/Setasc)

Contudo, a postura da empresa não é uma regra. Gisela Simona explica que a culpa não é da agência de viagem e nem do consumidor. Então, deve-se haver um acordo para que nenhuma das partes fique no prejuízo.

Significa dizer que, dependendo da situação, o consumidor pode ter que pagar taxas ou outros custos. Principalmente, quando a empresa é acionada de última hora ou sem tempo hábil de fazer os cancelamentos.

De acordo com a superintendente, existe uma nota emitida pelo Procon Nacional que aponta que os casos precisam ser avaliados individualmente. Ela aconselha as pessoas a buscarem a empresa que contrataram ou o site consumidor.gov.br.

Na página, as grandes companhias acompanham as manifestações e sempre dão a resposta. Outra alternativa é procurar as unidades do Procon.

“No caso da Avianca, por exemplo, o causador do problema foi a empresa. Mas, no caso do óleo, não foi o consumidor e nem a empresa”, ela pontua, dando como exemplo o caso da empresa aérea que passa por recuperação judicial.

Ainda sem plano B

O presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Mato Grosso (Sindetur), Omar Canavarros, assegura que ainda não houve prejuízo para agências do Estado devido às manchas de óleo nas praias nordestinas e que os empresários também não relataram a incidência de pedidos de cancelamento.

Porém, caso o óleo não seja contido, ele prevê a possibilidade de um impacto financeiro no setor. E, serão altos, tendo em vista que os meses de janeiro, fevereiro e março são os mais procurados para o destino.

Óleo está sendo retirado das praias do Nordeste manualmente (Agência Brasil)

“Ainda não temos um plano B porque não sabemos até quando as manchas de óleo irão persistir. No entanto, continuamos fazendo as vendas e também oferecendo outros destinos, caso o cliente queira”.

Canavarros acrescenta que o Nordeste é o preferido do Brasil devido à variedade de valores dos pacotes e a segurança.

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