Cidades

Oito anos e diversos exames de DNA depois, mulher encontra filho biológico

3 minutos de leitura
Oito anos e diversos exames de DNA depois, mulher encontra filho biológico
Foto: Reprodução/TV Glovo

Imagina, depois de 15 anos, descobrir que o bebê que você criou, com amor e carinho, não é seu filho biológico. Esse foi o drama vivido pela Gislene Diogo da Silva, moradora de Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Desde que descobriu a troca de bebês, foram oito anos e diversos exames de DNA feitos, até que, neste mês, a angústia chegou ao fim. O caso foi noticiado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (14).

A troca de bebês e a busca incessante, tanto pelo filho biológico quanto pela família do filho que ela e o marido criaram, foram noticiados pelo LIVRE no mês passado. Conforme relatamos, Gislene comentou sobre a história de sua família em um desabafo feito nas redes sociais no dia 31 de agosto deste mano. O objetivo, segundo ela, era, justamente, encontrar seu filho biológico.

Foi em 2010 que a história começou. Segundo Wandré Pohl Castilho, hoje com 23 anos, contou ao Fantástico, ele procurou os pais para pedir um exame de DNA depois de tantas brigas com o irmão, que, em uma comum e boba brincadeira, dizia-lhe que ele não era filho de seu pai. “Eu fiquei bem chateado, então cheguei para o meu pai e falei para fazer o exame. O meu pai olhou para mim e falou ‘não, meu filho, vamos fazer, sim’”, lembrou.

Quando fez o exame, Wandré tinha 15 anos. Depois do primeiro resultado, o laboratório pediu uma segunda coleta, para confirmar o resultado e, por fim, constatou-se que o rapaz não era filho de Gislene. “Você saber que tem um filho ali e de repente ele não é seu. Você criou, amamentou e não é teu filho biológico. É desesperador”, disse a mãe.

Segundo Wandré, depois que soube do resultado, ele chorou bastante. Tinha medo de que seus pais não o amassem mais da mesma forma.

O caso, então, virou investigação e foi parar na Justiça. Em 2012 foi aberto um inquérito policial para apurar a troca de bebês. Para a polícia, a Santa Casa de Rondonópolis, onde Gislene deu à luz, não respondeu ao inquérito. Havia sido solicitada a relação de nascidos entre os dias 10 e 16 de fevereiro de 1995, mas nada foi entregue. O mesmo pedido chegou a ser feito pelo Ministério Público Estadual (MPE), e mais uma vez, o hospital não se manifestou.

Foi apenas em 2016, quando a delegada Juliana Buzetti assumiu as investigações, que a polícia conseguiu uma cópia da lista de nascimentos. Desde então, diversos exames de DNA foram feitos. Nenhum havia dado positivo.

Ao Fantástico, a delegada disse que lhe chamou a atenção sobre um bebê que nasceu no dia seguinte, às 6h15. Segundo contou, ela suspeitava de que a troca das crianças poderia ter acontecido durante o banho na maternidade.

Uma nova bateria de exames recomeçou, mas o último deles teve fim na delegacia, neste mês de outubro de 2018, quando se confirmou que Gislene era mãe de Leonardo, e Wandré era o bebê que nasceu no dia seguinte. A descoberta terminou em festa de família e Wandré percebeu que, na verdade, o amor de seus pais chegou a aumentar.

Conforme a reportagem, porém, ainda não foi possível identificar o que resultou na troca dos bebês.

Para conferir a reportagem completa, clique aqui.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes