A Prefeitura de Cuiabá deu ordem de serviço para a primeira etapa da reforma do Mercado Varejista Antônio Moisés Nadaf, conhecido como Mercado do Porto. A obra, lançada nesta quinta-feira (4), compreende a ampliação em quase 6,8 mil m² do espaço, pelo valor de R$ 9 milhões, em um prazo de 15 meses. A segunda etapa prevê a revitalização, que vai depender do andamento da primeira.
“Vamos ter que trocar o pneu com o carro andando. Eu dei só uma ordem de serviço hoje, que será executada pela Lotufo e não irá impactar em nada os serviços do mercado. Enquanto eles fazem a ampliação, nós vamos discutir com os feirantes e a empresa X Nova Fronteira como começar a segunda etapa da reforma”, afirmou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
A primeira etapa da obra será executada pela empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda, pelo valor de R$ 8.914.771,38, em um prazo de 15 meses. Já a segunda parte, que está sob responsabilidade da X Nova Fronteira Construtora Ltda, trata-se da revitalização do espaço. Para esta fase, são mais R$ 2.548.017,77 investidos e um prazo de 8 meses.
Somando os prazos e recursos das duas etapas, o novo mercado deverá ser entregue em 2021 pelo valor total de R$ 11 milhões. De acordo com Emanuel Pinheiro, quatro emendas parlamentares alocaram recursos da Caixa Econômica Federal, complementados com R$ 4 milhões oriundos dos cofres municipais.
Presidente da Associação de Comerciantes do Mercado do Porto, José Osmar lembrou que o Mercado do Porto vai manter seu funcionamento normal durante as obras e ressaltou a expectativa dos trabalhadores à espera da obra.
“Nós estávamos desacreditados, muitas promessas e vários projetos foram apresentados. As pessoas aqui esperam por essa obra há mais de 20 anos. Digo isso, porque o espaço inaugurado à época já veio cheio de falhas. Acredito que as pessoas estarão mais otimistas a partir de amanhã e peço a todos os comissionários que contribuam, porque passaremos por grandes desafios”.
A ampliação e revitalização é uma parceria entre a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A execução dos procedimentos estabelecidos em contrato será acompanhada pela Secretaria Municipal de Obras.
Custo operacional
A preocupação dos comerciantes, agora, é de como será feito o realocamento dos pontos e a manutenção do local após a ampliação. Presidente da Associação de Comerciantes do Mercado do Porto, José Ismar afirmou que o custo operacional do Mercado do Porto, que hoje gira em torno de R$ 60 mil arrecadados entre os comissionários, poderá triplicar.
Os novos valores, no entanto, só poderão ser calculados com a dimensão da obra. “Quando soube dessa obra, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi ‘como nós vamos administrar esse mercado?’. O nosso custo operacional vai elevar, mas nós já estamos trabalhando para isso. Já fizemos um planejamento plurianual de cinco anos e vamos apresentar para o senhor enquanto organização, porque nós podemos e queremos fazer isso”, afirmou José, se dirigindo ao prefeito Emanuel Pinheiro.
Os planejamentos devem ser apresentados para a Prefeitura nas próximas semanas, quando se tornarão públicos.
Aquário e Mercado Municipal ainda esperam
Outro tradicional ponto de comércio da Capital, o Mercado Municipal, por sua vez, ainda espera por reformas. Localizado no coração da cidade, entre a rua Joaquim Murtinho e a Avenida Isaac Póvoas, o local vem enfrentando graves problemas com a falta de estrutura, em situação de completo abandono.
“Sobre o Mercado Municipal, assim como o estádio Dutrinha, foram publicados concursos de projetos, mas eu não gostei do que me apresentaram e quero ouvir novos arquitetos, o CAU e o CREA. Eu lancei um novo concurso e quero ter 20 projetos na minha mesa para escolher qual o melhor. Já está correndo o prazo, muitos projetos já foram apresentados e isso será feito até o final da minha gestão”, afirmou o prefeito Emanuel Pinheiro, na ocasião do lançamento.
O Aquário Municipal, mais uma opção de lazer na Porto, foi prometido para este mês, mas segue de portas fechadas. O equipamento inaugurado em 2000, permaneceu em funcionamento até 2009, quando foi fechado para reforma. Em razão da Copa do Mundo de 2014, teve nova obra anunciada com previsão de R$ 4 milhões de investimento, mas não foi finalizada e teve o prazo ultrapassado.
Em julho do ano passado, a Prefeitura tornou a informar que faria a licitação para a instalação dos vidros no local. Pouco depois, informou que não houve interessados. Agora, o novo prazo previsto, de acordo com Emanuel Pinheiro, é o segundo semestre deste ano.
“Eu peguei o Aquário com um vidro que não tinha resistência para receber o volume de água planejado. Um ano debruçado em cima desse aquário para saber do vidro. O CREA me enviou o relatório e mandei parar. Já estamos preparando a aquisição de um novo vidro, mas no segundo semestre eu entrego dentro da programação do aniversário de Cuiabá”, afirmou o prefeito.
