Grande referência das artes visuais no Brasil, o mato-grossense Adir Sodré integra a exposição “Palavras Somam”, uma coletiva que inaugura a programação de 2019 do Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP, em São Paulo.
A obra Nina Hagen (1985) fica exposta até o dia 15 de dezembro, junto a outras 80 que retratam um amplo período da história da arte brasileira, da década de 1940 até os dias atuais.
Dentro da proposta da curadoria de Laura Suzana Rodríguez, a mostra traz à tona a presença e a potência da palavra nas artes visuais. “Isso pode ocorrer a partir de uma interferência poética, na crítica ferrenha ao status quo, na criação de uma grafia própria e indecifrável que instiga o observador, ou nos textos que ampliam o sentido da obra”.
Segundo a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAB), o conjunto abrange pinturas das décadas de 1940 a 1980, sendo um núcleo de arte postal das décadas de 1970 e 1980 de artistas atuantes durante a ditadura e outras mais recentes.
Estas últimas, obras puramente textuais ou que expõem o processo de criação do artista em que a linguagem ganha destaque. Obras tridimensionais, desenhos, gravuras e vídeos também se destacam na mostra.
Expoente dos anos 1980 que se mantém como um dos grandes nomes das artes visuais mato-grossense, Adir Sodré integrou um movimento de renovação, junto a Dalva de Barros, Gervane de Paula, Benedito Nunes e outros artistas.
Dentre outras coletivas, integrou “Como Vai Você, Geração 80?”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro, em 1983), e “Modernidade, Arte Brasileira no Século XX”, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987.
Como forma de incentivar as discussões, as relações e a dinâmica entre as obras, “Palavras Somam” conta ainda com um núcleo temporário onde, durante o ano de 2019, serão convidados outros quatro artistas.
Adir Sodré fez um breve registro em vídeo. A obra Nina Hagen, é a primeira a ser visualizada: