Diante da ameaça de interrupção no fornecimento de alimentação para os presídios de Mato Grosso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) garantiu que deve se reunir com representantes do Governo do Estado nesta quarta-feira (12) para impedir que a situação aconteça. Para o presidente da Comissão de Direito Carcerário, Waldir Caldas, a falta de alimento nos presídios poderia gerar um “caos social”.
Na tarde dessa terça-feira (11), representantes de 11 das 16 empresas fornecedoras se reuniram com a Comissão de Direito Carcerário e a presidência da OAB para debater sobre os rumos a serem tomados.
Conforme o representante dos fornecedores, o empresário Cristiano Milhomem, que presta o serviço de alimentação para os presídios da região do Araguaia, diversos empresários já sinalizaram pela interrupção do serviço a partir da próxima sexta-feira (14).
Embora reconheçam a situação financeira do Estado, os fornecedores garantem que não há a possibilidade de continuarem com a prestação de serviço caso os R$ 25 milhões não sejam repassados. Para o presidente da Comissão de Direito Carcerário, Waldir Caldas, a situação exige atenção.
“É uma situação muito grave, pois seria uma tragédia social se efetivamente fosse suspenso o fornecimento de alimentação para as pessoas presas”, observou.
Para o advogado, a situação afeta a toda a comunidade, uma vez que, para o preso, é diretamente “uma ofensa inaceitável à sua dignidade”. Já para a população seria “um caos social, em razão das consequências que isso vai trazer”.
“A gente tem aí justificadas razões para temer as consequências disso”, afirmou. Diante da preocupação, a OAB já solicitou dos empresários as planilhas com dados referente aos repasses e deve buscar, ainda nesta quarta-feira, uma conversa com o governo em busca da solução do problema.
LEIA TAMBÉM
Marmita nos presídios: empresas pedem R$ 25 milhões e avisam que vão parar distribuição