Essa é uma pergunta muito boa de se ouvir: afinal, quem não quer ser ajudado? É legal ser ajudado e de modo geral ouvir essa frase transmite uma boa sensação.

Nos últimos dias, vimos uma certa escassez desse estado de espírito, a benevolência ao próximo e a vontade de ser braço que acolhe e palavra que consola tem sido cada vez menos recorrente.

Fato é que as pessoas correm de um lado para outro como loucos, sem tempo para cuidar, genuinamente, de sua vida, da saúde, da família e também do lazer. Cada um busca intensamente obter o seu pão de cada dia, por isso a justificativa em não socorrer os necessitamos é sempre a mesma: falta tempo.

Ajudar as pessoas é extremamente louvável e quanto mais você ajuda, mais você é beneficiado pela satisfação e pelas bênçãos recebidas.

Por outro lado, ser ajudado, é como receber um copo com água após caminhar 10 km sem beber líquido. Para alguns pode até ser a última solução, a última esperança, um verdadeiro milagre. Receber ajuda é retirar um peso da mente e aliviar temporariamente às preocupações.

O que você quer que eu lhe faça?

A ajuda a que me refiro não é necessariamente um auxílio financeiro, mas pode até ser, só que vai além disso, às vezes podemos oferecer um abraço, uma palavra de consolo, ser um bom ouvinte para alguém que precisa desabafar.

O auxílio tanto ativo, quanto passivo deve ocorrer naturalmente na vida das pessoas. Não funciona bem forçar ninguém a oferecer ou receber ajuda, quero dizer, que deve ser algo do seu e do meu coração. Quando as ações são forçadas, elas perdem a força e com o tempo perde a sua essência e o propósito é dissipado. Por isso é essencial estar ligado a Deus para sermos suscetíveis a sua vontade, no contexto social.

No texto do livro de Marcos 10, é apresentado um cego de nome Bartimeu. Ele estava na cidade de Jericó, na estrada, como miserável pedindo esmolas.

O cego ao saber que Jesus Cristo estava andando em meio à multidão, gritou com todas as suas forças em busca de um milagre. As pessoas que estavam na multidão não gostaram da atitude do cego e o repreendia por fazer aquilo. Às vezes estamos também na multidão precisando de um auxílio, e ao pedir socorro, alguns nos repreendem, da forma como narrado na história bíblica.

Você desiste na primeira tentativa? O cego não desistiu, pois havia um propósito maior que as falácias da multidão, ele queria enxergar e sabia que o Deus vivo poderia fazer. Sua atitude nos ensina que não devemos desistir dos nossos sonhos, mesmo que a princípio, tudo esteja escuro, vazio e sem sentido.

Jesus o escutou. A multidão até pode esquecer e abandonar você, pode o tratar como um indigente, miserável e indigno, contudo, saiba que o amigo Jesus não desiste de você e jamais abandonará o seu clamor.

O que você quer que eu lhe faça? Jesus fez essa pergunta óbvia. Sabia que o homem era cego e era notório que ele desejava voltar a enxergar, mas ele queria que o cego fizesse a sua petição. Nós também podemos suplicar e contar a Deus todas as nossas necessidades, dúvidas, enfermidades, por mais que Ele conheça o nosso coração. Jesus quer ouvir as suas perguntas e narrativas óbvias, pois o livre arbítrio proporciona a você a chance de escolher ou não se quer que Ele resolva os seus problemas e dificuldades.

“Vá, disse Jesus, a sua fé o curou”. O cego foi curado por que suplicou, foi persistente e confiou. O milagre aconteceu. Uma vida sem perspectivas, passou a ter um colorido muito especial, e com certeza uma nova história a se formar.

Na jornada e oscilações desta vida, podemos ajudar ou ser ajudado. Ajudar é ótimo, ser ajudado, melhor ainda. Ajudar o próximo nos liberta da cegueira social e emocional. O que você quer que eu lhe faça? A mesma pergunta é dirigida a nós hoje. Faça a sua parte que Deus encarregará de fazer a parte dele. Queres ser melhor? Queres ser curado? O momento é agora, basta pedir, persistir e crer!

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Francisney Liberato Batista Siqueira é Secretário de Controle Externo, Auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Palestrante Nacional, Professor, Coach, Mentor, Advogado e Contador. Autor do Livro “Mude sua vida em 50 dias”.

www.francisney.com.br

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