A moral da história é que precisamos fazer as pazes com o nosso passado para estarmos abertos ao nosso futuro. Mas, calma lá… Não é só isso. A história só está começando.

Conheci esse filme devido à fama do compositor Ennio Morricone, que foi o responsável pelas belíssimas e emocionantes melodias do filme.

Mas, até então, eu não cheguei a ver o filme. O meu chefe, Fabrício Roder, deve ter me sugerido o filme tantas vezes que eu até escolhi perder a conta. Não era birra, não. Acho que sou bom para indicar filmes, mas ruim para aceitar indicações, vai saber.

Só que mais pessoas continuaram a indicar esse filme. Antes de começar a pandemia, eu fui convidado para assisti-lo em um “cinema particular” de um amigo – de novo, não fui.

Recentemente, dei um curso sobre música no cinema e muitos dos alunos pediram para que eu comentasse sobre a obra do Ennio Morricone.

Agora não tinha mais jeito: me rendi à obra-prima do diretor Giussepe Tornatore.

E o que eu posso dizer? O filme é tudo isso o que falam. Ele faz jus a cada elogio que eu ouvi e muito mais. O filme rendeu diversas reflexões. Divido aqui com vocês algumas delas.

Alfredo e Totó, uma relação sublime.

O primeiro é um senhor projecionista de um cinema e o segundo, uma criança muito esperta e apaixonada por filmes. Mas essa relação extrapola a amizade, e uma vez que o jovem é órfão de pai, Alfredo faz um papel paterno em sua vida, dando -lhe conselhos sempre muito sábios e direção.

Como um bom pai, Alfredo quer o melhor para Totó, e pede para ele sair da cidade e não olhar para trás. O jovem assim o faz, acaba sendo bem-sucedido, mas infeliz. É como se ele tivesse traído aqueles que deixou para trás em sua cidade natal.

Não quero contar mais para não estragar, caso eu já não o tenha feito, mas retomo agora a moral da história escrita na abertura deste texto.

O passado é algo difícil de lidar, porque ele já passou, mas faz parte. Lembrar do passado pode até ser agridoce, lembrar de um tempo que foi bom, mas não volta. Mas seja como escolhemos lidar com ele, se não fizermos as pazes com o que aconteceu, não estamos livres para seguir em frente. Podemos ficar presos durante anos em um mesmo lugar, se essas memórias não estiverem no lugar certo.

Espero que assistam a esse filme ou que, para quem assistiu, tenha feito sentido o que aqui escrevo.

Só posso encerrar dizendo: “Que filme! ”. Como me disseram, e é verdade, Cinema Paradiso é uma declaração de amor ao cinema!

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