Eleições 2018

“O próximo parlamento pode ser um dos piores da história”, prevê pré-candidato Marrafon

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“O próximo parlamento pode ser um dos piores da história”, prevê pré-candidato Marrafon
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O ex-secretário de Educação e presidente do PPS em Mato Grosso, Marco Marrafon, prevê que o Congresso a ser eleito neste ano será pior que o atual. Ele é pré-candidato a deputado federal e deve disputar um cargo eletivo pela primeira vez nas eleições de outubro.

“Vivemos uma grave crise democrática. O parlamento federal que vem aí pode ser um dos piores da história. Acho que será pior do que está”, disse. “Haverá renovação, mas não como se espera”, apostou.

Segundo Marrafon, o conceito de renovação dos parlamentos utilizado historicamente não é o mais correto. Na opinião dele, renovar significa eleger políticos com nova mentalidade e não apenas eleger pessoas que não estavam no mandato.

O ex-secretário foi um dos selecionados pelo programa RenovaBr para receber um curso de formação política e ajuda para financiar a campanha eleitoral.

“A Câmara tem renovação de cerca de 40% a cada eleição. Mas renovação não é necessariamente uma pessoa nova. A pessoa pode vir tão velha como quem já está lá. A renovação não tem a ver com idade ou experiência, mas com assumir práticas diferentes dos que lá estão, vir efetivamente como uma outra cabeça”, disse.

Golpe dos deputados

Na avaliação de Marrafon, as leis aprovadas na minirreforma eleitoral no ano passado têm como objetivo principal favorecer os que já estão no mandato. “Quando viram que depois de 2013 haveria uma revolução, eles se protegeram e se blindaram. É o desespero, porque eles mudaram para que nada mude”, afirmou.

“Eles estão se apartando da vontade popular, não estão nem aí, estão fazendo tudo para sobreviver. Houve um grande golpe no Brasil neste ano, que é o fundo partidário. Acabou a possibilidade de renovação. O que é pior para quem é novo na política? Campanha curta e sem dinheiro, porque ele não é conhecido”, analisou.

A distribuição do fundo partidário é feita de acordo com o número de deputados federais eleito por cada partido. Desse modo, os maiores partidos recebem mais dinheiro e os menores recebem menos, como o PPS de Marrafon. “O MDB tem R$ 240 milhões de fundo partidário. Quem compete com isso? O PPS tem R$ 29 milhões para o Brasil inteiro”, observou.

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