Política

“O presidente entendeu que precisa ceder”, diz Geller sobre nomeação de Ciro Nogueira

Deputado federal nega que a escolha de Bolsonaro para a Casa Civil conduza o presidente para perto da "velha política"

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“O presidente entendeu que precisa ceder”, diz Geller sobre nomeação de Ciro Nogueira
Foto: Ednilson Aguiar/O Livre

O Partido Progressista (PP) conseguiu cavar a indicação do senador Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla, para a Casa Civil, coração do governo federal. A nomeação do parlamentar deve abrir o modelo do Bolsonaro para a “política mais orgânica”, de manutenção de status. 

Próximo aos membros da cúpula nacional, o deputado federal Neri Geller (PP-MT) diz ser “natural” o acordo que o partido conseguiu costurar no Palácio do Planalto. Ele rejeita o rótulo de “velha política” e diz que a decisão de Bolsonaro faz parte da “maturação” do governo. 

“Essa história de velha política não existe. O extremismo radical não é bom para ninguém, e o presidente percebeu que também precisa ceder. A escolha pelo PP foi natural, já vínhamos fazendo o papel de conciliação desde a eleição do [deputado federal] Arthur Lira (PP-AL) [para a presidência da Câmara Federal]”, disse. 

Geller é um progressista da ala partidária mais próxima a Bolsonaro. O nome dele já apareceu em especulação para assumir o Ministério da Agricultura, Produção e Abastecimento (Mapa) no ano passado. Segundo ele próprio, a indicação ficou para uma secretária executiva, dentro da Pasta, mas que ainda não foi efetivada. 

Porém, Ciro Nogueira chegou à Casa Civil em um momento em que a relação do presidente com a Câmara Federal está à beira do desgaste por causa do Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões. O financiamento foi articulado pelo “centrão” no Congresso Nacional. 

“O Lira já vem fazendo essa articulação do Câmara Federal com o presidente Bolsonaro. Agora, vamos conseguir fortalecer o partido. Nós queremos ajudar o governo a ganhar um aspecto mais pragmático. Esse lado mais ideológico não tem ajudado muito a ninguém”, afirmou Geller. 

A política mais pragmática passaria pela reavaliação de questões polêmicas defendidas pelo governo federal, como o voto eletrônico auditável.

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