O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) defendeu a soltura do colega Mauro Savi (DEM), preso desde a quarta-feira passada (9) no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), alvo da Operação Bônus (segunda fase da Bereré). Fabris, que já esteve em situação semelhante no ano passado, passou 40 dias preso em flagrante suspeito de obstruir as investigações da Operação Malebolge, e foi solto por decisão do plenário da Assembleia.
Fabris disse acreditar que, se a manutenção da prisão for a plenário, Savi será solto. “É meu amigo, companheiro de primeira hora, e tenho certeza que não terá só meu voto, como provavelmente terá o voto dos demais deputados. Estão todos predispostos. Até porque a gente pensa que Mauro não vai fugir. Mauro precisa [da nossa ajuda]. E o povo de Mato Grosso precisa dele é no parlamento e não na cadeia”, declarou Fabris, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta terça-feira (15).
Ele ponderou, também, que é preciso avaliar se há risco de a votação atrapalhar a situação de Savi, considerando que o desembargador José Zuquim Nogueira, na decisão que autorizou a Operação Bônus, disse que “cabe à Assembleia Legislativa observar a vedação de expedir resolução ou quaisquer atos que importem em revogação da prisão preventiva decretada contra o deputado Mauro Luiz Savi”. O magistrado também enviou um ofício ao secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e ao diretor do CCC, para que não coloquem o deputado em liberdade.
Mauro Savi está preso preventivamente suspeito de liderar um esquema corrupção em contrato do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com a EIG Mercados (Antiga FDL). Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Savi “continua a orquestrar, ordenar, garantir e se beneficiar de tais esquemas, dando perpetuidade à prática criminosa”.
