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O pária de Kiev

Deputado paulista revelou sua verdadeira natureza

2 minutos de leitura
O pária de Kiev
Deputado Arthur do Val (Foto: Alesp)

Provavelmente você que está lendo este texto já deve estar cansado de ouvir falar do caso do deputado estadual paulista Arthur do Val, vulgo Mamãe Falei, e seus áudios. Se não ouviu falar, me perdoe por informá-lo de tema tão baixo.

Mas o caso aconteceu enquanto lia a obra de Frithjof Schuon sobre as castas hindus, e considerei que esse caso era um ótimo exemplo do que eu acabara de ler. 

Schuon define as castas hindus como tendências fundamentais que dividem os homens em uma série de categorias hierarquizadas. Mas há, entre os homens, alguns que não têm casta: os párias. Segundo o Mânava-Dharma-Shastra, “deve-se reconhecer por suas ações o homem que pertence a uma classe vil (pária)… a falta de sentimentos nobres, a rudeza das palavras, a crueza (malevolência) e o esquecimento dos deveres”.

Pelos critérios acima você provavelmente já compreendeu o título deste artigo. Mas quero explicar por que ter uma pária na política é um imenso perigo.

Schuon, explicando sobre os párias, diz o seguinte: “Em todo caso, o pária, e sejam quais forem sua origem étnica e sua ambiência cultural, constitui um tipo definido que vive normalmente à margem da sociedade e esgota as possibilidades nas quais nenhum outro quer tocar; ele tem comumente algo de ambíguo, de desequilibrado, por vezes de simiesco e de protéico quando tem dons, o que o torna capaz ‘de tudo e de nada’, se assim podemos dizer; pode ser visto freqüentemente como limpa-fossas, saltimbanco, comediante, carrasco, sem falar das ocupações ilícitas; em uma palavra, ele tem tendência seja a exercer as atividades bizarras ou sinistras, seja simplesmente a negligenciar as regras estabelecidas”. 

Tipos como o Arthur não só não deveriam ter poder; eles não podem nem se aproximar dele. São um risco para a sociedade. Por isso eu torço para que ele seja cassado e que seja mantido bem longe da política; e os brasileiros, sobretudo os que vivem em São Paulo, devem agradecer à pessoa que vazou esses áudios e expôs a verdadeira natureza doentia do Arthur. 

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