Cinema Paradiso, Malèna e A lenda do Pianista do Mar: o que esses três filmes possuem em comum?
Todos foram dirigidos pelo italiano Giuseppe Tornatore, que dispensa apresentações para os fãs de cinema. Só que o filme homônimo ao título deste artigo, até o momento, foi pouco comentado e, na verdade, eu o encontrei por acaso ao procurar pelo nome do diretor em uma plataforma de streaming.
Foi uma grata surpresa, porque eu apertei o play não sabendo nada sobre o filme e fui capturado por uma história muito original, com mistérios e reviravoltas. É o tipo de filme que o spoiler é, de fato, muito negativo para quem assiste.
Somos apresentados a Virgil Oldman, um homem que respirava o mundo das artes, seja como consultor, colecionador ou responsável por leilões de obras. Ao mesmo tempo, vemos um homem profundamente solitário, que só tira a luva para tocar uma obra e se mostra incapaz de se conectar com as pessoas. Até que se vê diante de uma misteriosa mulher que o contrata para avaliar e vender suas obras de arte.
Conforme o filme avança, vemos uma história ágil, belíssimas imagens e uma trilha sonora, como de costume, magnífica! Vale a pena conferir.
O final do filme genuinamente me surpreendeu. Estamos acostumados a ver, ao final de um filme de mistério, uma clara explicação do que aconteceu. Muitas vezes é até um personagem que explica o que se passou. Os entendidos de cinema dizem que isso é um roteiro “preguiçoso”. Há uma máxima na arte de contar uma história no cinema: “Show! Don’t tell” ou seja, “Mostre! Não conte”.
É o que esse filme faz: ele não conta nada, apenas mostra.
Ao final desse filme, eu fiquei esperando alguém me contar o que aconteceu, mas apenas os créditos e a música de Ennio Morricone me consolavam enquanto eu recapitulava tudo para tentar juntar as peças que o filme deixou.