Marcada por polêmicas desde a coleta das assinaturas necessárias para ser instaurada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “do Paletó” foi, enfim, concluída nesta quinta-feira (16).
E como o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sempre teve maioria de apoiadores na Câmara de Cuiabá, o relatório que pedia seu afastamento do cargo e a instauração de um processo por quebra de decoro e obstrução da Justiça foi derrubado.
Foram 13 votos contra e 9 a favor das punições sugeridas no texto.
Emanuel passou a ser investigado depois que os vídeos anexados como provas na delação do ex-governador Silval Barbosa vieram à tona. Neles, diversos políticos – entre eles o prefeito – aparecem recebendo dinheiro, supostamente propina.
O principal questionamento sobre a “validade” da CPI na Câmara Municipal era embasado no fato de as imagens – e portanto o suposto crime – serem datados da época em que Emanuel ainda era deputado estadual.
Devido aos fatos não terem ligação com seu atual mandato, nem mesmo o Ministério Público requereu seu afastamento do comando da Capital.
Mas esse não foi o único problema da CPI. A própria composição dela se tornou caso de Justiça e atrasou consideravelmente sua conclusão.
Por fim, dois relatórios acabaram sendo apresentados. O do relator – vereador Toninho de Souza (PSDB) – livrava o prefeito das acusações, mas foi rejeitado pelos demais membros da CPI.
Outro texto, então, escrito pelo vereador Sargento Joelson (SDD) foi o levado à plenário nesta quinta, mas reprovado pelos demais parlamentares.
Agora, todos os documentos produzidos ao longo da CPI serão encaminhados aos órgãos de controle, como o Ministério Público.