A candidata ao Senado pelo PCdoB de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli, defende que o Estado não deve debater questões relacionadas a orientação sexual. “O Estado tem que se preocupar com saúde, educação e segurança e deixar de enfiar a colher na vida particular das pessoas, isso não é seu papel”, disse ela, em sabatina ao LIVRE nesta terça-feira (18).
Para Maria Lúcia, a pessoa deve buscar a felicidade e a forma como ela fará isso não diz respeito ao Estado. “Da sua vida amorosa só você tem que tomar conta. Se você é feliz com um parceiro do mesmo sexo, que você seja feliz, eu dou todo meu apoio”, afirmou.
Ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a candidata também tem uma posição enfática em relação à proposta da Escola Sem Partido: “isso é uma aberração”. Para ela, o objetivo do projeto é ensinar a história pelo lado dominante.
“Aqui não se fala em partido partidário, fala-se em ter uma narrativa que trata da totalidade dos fatos. Se vai falar do colonizador, fala do colonizado; se vai falar do homem, fala da mulher. As escolas têm tido partido de um lado só, por isso somos um país machista, que não respeita as mulheres. Nós defendemos que as escolas tenham partido de todos os lados”, pontuou.
Ainda abordando questões polêmicas, Maria Lúcia disse que, como senadora, irá defender a realização de plebiscito para decidir sobre a liberalização do aborto e das drogas. “Como senadora, eu tenho que respeitar a maioria e não impor minha posição pessoal. Qualquer país civilizado do mundo faz isso, é preciso ouvir a população”.
Na oportunidade, a ex-reitora também falou sobre ser classificada como comunista. “O marketing negativo da esquerda é feito pela direita conservadora reacionária. Ser comunista é lutar pelo direito do povo, principalmente os com menos capacidade econômica. Eu tenho orgulho de lutar pelos mais fracos, por aqueles que precisam da proteção do Estado. Não sou a favor do Estado mínimo, mas sim do Estado necessário para dar condições para maioria da população”.
Na entrevista, a candidata ainda abordou questões envolvendo o período em que foi reitora da UFMT, avaliou os últimos mandatos do Governo de Mato Grosso, bem como falou sobre sua campanha a menos de 20 dias do dia decisivo .
Confira a entrevista na íntegra:
Sabatina LIVRE
Conduzidas pelo diretor do LIVRE, Guilherme Waltenberg, e pelo repórter Victor Cabral, as entrevistas são realizadas com os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado por Mato Grosso e transmitidas ao vivo pelo Facebook. Cada live tem duração de 30 minutos.
Confira as entrevistas já realizadas:
Governo do Estado
Arthur Nogueira estreia sabatina dos candidatos no LIVRE
Moisés Franz crítica político que pede mais quatro anos para cumprir o que prometeu
Mauro Mendes sobre Taques: “Está com obsessão com meu nome, deve estar sonhando comigo”
Senado
Em sabatina, Fávaro diz que Taques deixa o governo pior do que recebeu de Silval
Candidato ao Senado, Sachetti defende legalização da maconha em sabatina
Gilberto Lopes compara “barões do agronegócio” a traficantes
Candidato critica alianças partidárias de adversários: “interesses circunstanciais”
Candidato ao Senado, Aladir diz que Silval foi o melhor governador para os servidores
Procurador Mauro diz que não acha justo abrir mão de salários para participar de campanhas
Confira a agenda das próximas sabatinas:
Governo do Estado
Pedro Taques (PSDB) – 21 de setembro, às 15h30
Wellington Fagundes (PR) – 27 de setembro, às 15h
Senado
Nilson Leitão (PSDB) – 19 de setembro, às 16h
*O candidato Jayme Campos (DEM) ainda não confirmou presença na sabatina do LIVRE
