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“O Brasil não é opcional para quem quiser disputar a liderança global”, diz economista

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“O Brasil não é opcional para quem quiser disputar a liderança global”, diz economista

Considerado o maior evento da cotonicultura brasileira, o 12º Congresso Brasileiro do Algodão teve início nesta terça-feira (27), em Goiânia (GO), com recorde de público. Cerca de duas mil pessoas assistiram as primeiras plenárias, entre elas a do economista Ricardo Amorim.

O expert em mercado financeiro destacou o potencial de investimento em países emergentes com grandes mercados, como são os casos de Brasil, Índia, China e Indonésia. Para ele, esses quatro países não são opcionais quando se trata de liderança no mercado global.

“Toda empresa que quer disputar a liderança global, em qualquer setor, tem que ser grande aqui. O Brasil não é opcional para empresas que querem disputar a liderança global. Se a empresa não for grande no Brasil, e o país crescer, seria muito azar e não dá para correr esse risco”, disse.

Segundo ele, existem outros quatro países que ainda são “discutíveis”: México, Rússia, África do Sul e Nigéria.

Para Amorim, o apetite dos investidores estrangeiros pelo Brasil é grande. “O real hoje em relação à média histórica dos últimos 40 anos está 30% mais desvalorizado. Significa que o gringo que compra aqui no Brasil está comprando com 30% de desconto”, lembrou.

Para ele, somente uma grande crise econômica internacional pode fazer com que a economia brasileira tenha crescimento tímido nos próximos três anos. “Ainda não produzimos tudo que é possível, mas é preciso melhorar, em especial a infraestrutura”, disse.

Amorim afirma que o investimento do Brasil em infraestrutura foi o mais baixo nos últimos 70 anos. “Se você tem a impressão que nossa infraestrutura está cada vez pior, você tem razão. O que investimos hoje sequer dá conta da depreciação anual”.

Mais cedo, o sócio-diretor da Agroconsult, Marcos Rubin, mediou um debate sobre o ônus e bônus de uma safra recorde 2018/2019. Participaram da discussão o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio, o presidente da Abapa, Júlio Busato, o vice-presidente da Ampa, Eraí Maggi, e da Agopa, Carlos Moresco, além do presidente da Associação Nacional dos Produtores de Algodão (ANEA), Henrique Snitcovski.

Na ocasião, todos os ex-presidentes da Abrapa, que celebra neste ano duas décadas de trabalhos prestados em prol da cotonicultura, foram homenageados. Na última semana, a associação deu um importante passo para a promoção do algodão brasileiro e entregou ao governo federal um projeto de implantação de um escritório fixo na Ásia.

O 12º Congresso Brasileiro do Algodão é realizado pela Abrapa, com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e, científico, da Embrapa.

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