Cuiabá é a capital com maior número de pessoas obesas do Brasil segundo dados da Vigitel 2018, e talvez o alto índice de crianças obesas, esteja relacionado ao iniciado na infância, já que estudos apontam que uma criança acima do peso possui 75% a mais de chance de serem adolescentes obesos, e adolescentes obesos têm 89% de chance de serem adultos obesos.

A prevenção da obesidade infantil, se inicia no aleitamento materno, que deve ser exclusivo  (ou seja, o único alimento do bebê) até os 6 meses de vida, e em seguida dar início a alimentação complementar, com comidas saudáveis e líquidos até os 2 anos de idade. O aleitamento materno possui um papel protetor sobre o acúmulo de gorduras em crianças, segundo Corona & Conde, responsáveis por um estudo no estado de São Paulo ‘o efeito do aleitamento materno na composição corporal em crianças menores de três anos’

Após iniciar a alimentação complementar, a família é responsável na formação dos hábitos alimentares dessa criança, se o hábito da casa é tomar refrigerantes, comer fast-foods e não comer frutas, por que essa criança vai querer comer uma maçã? Então o primeiro passo é mudar os hábitos da família.

E segundo o Manual de Pediatria, podem ser necessários até 15 exposições para que a criança aceite aquele alimento, por isso a importância de uma alimentação variada e colorida.

Uma outra fase se inicia quando a criança entra na escola e o pais precisam montar o lanche dos filhos. As opções que mais aparecem nas lancheiras são: sucos industrializados ou achocolatados,bolachas, snacks ou um pedaço de bolo, que de acordo com Giugliano Rodolfo Melo, autor do artigo ‘Diagnóstico de sobrepeso e obesidade em escolares: utilização de índice de massa corporal segundo padrão internacional’, a composição das lancheiras de um modo geral é inadequada, com alimentos industrializados, ricos em açúcar, gordura e sódio, favorecendo a obesidade infantil.

A obesidade é considerada atualmente uma doença crônica multifatorial -anormalidades congênitas relativamente provenientes de doenças familiares e fatores familiares – e deve ser tratada com um equipe multidisciplinar, incluindo a profissional nutricionista, que tem como função alertar os pais quanto aos riscos que a obesidade infantil pode ocasionar, como dislipidemia, Diabetes Mellitos tipo 2, Hipertensão Arterial, além de incentivar a prática de atividades físicas, já que atualmente as crianças estão mais “online

Dar opções saudáveis de lanches e usar estratégias para mudar os hábitos desta criança, e se preciso, mudar os hábitos de toda a família.

Fonte: www.saude.gov.br – obesidade infantil traz riscos para a saúde adulta

Fernanda Redivo Waltrick Branco é nutricionista, graduada pela Universidade Federal de Mato Grosso, pós graduada em Nutrição clínica funcional.

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