Eleições

Número de partidos será 15% menor na Câmara de Cuiabá

Cláusula de barreira já começou a apresentar os efeitos e a tendência, segundo cientista político, é que ela se acentue daqui para frente

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Número de partidos será 15% menor na Câmara de Cuiabá
(Foto: Assessoria)

A primeira eleição sem coligação partidária para cargos proporcionais reduziu o número de partidos na Câmara de Vereadores de Cuiabá. De 14 com representantes hoje, passará a 12 a partir de janeiro, o que representa um encolhimento de 15%. 

A mudança está em paridade com 73% dos municípios brasileiros.

Outra alteração será a maior presença de partidos pequenos. Cinco das 11 agremiações que terão representante são legendas políticas cujo tamanho e participação nos fundos financeiros estão na parte de baixo da tabela: Cidadania, Podemos, Solidariedade, PTB e PV. 

Juntos, eles são 10 das 25 cadeiras e serão acompanhados por partidos grandes, como DEM, MDB, PT e PSDB. 

O cientista político João Edisom diz que a redução dos partidos é já um reflexo da cláusula de barreira e deve se acentuar a partir de 2022, quando houver eleição para o Congresso Nacional (deputado federal e senador). Esses cargos são o parâmetro para a distribuição do Fundo Partidário e Fundo Eleitoral, fontes de subsistência das agremiações. 

A tendência é que o número geral de partidos no Brasil fique entre 12 e 9 até 2030, quando chega ao fim o prazo da cláusula de barreira. E com a eleição para  deputado federal e senado, há tendência de nova mudança, porque essa configuração vai mudar de novo, tendendo para redução”, explica. 

Briga mais acirrada por votos 

Pela sobrevivência, os partidos terão que lutar pelo voto dos eleitores num cenário com a proibição de coligações. Na prática, os partidos deverão passar por reconfiguração técnica e deve ocorrer uma série de extinção e/ou junção de agremiações. 

“Se eles não fizerem isso não vão sobreviver”, comenta o cientista. 

Para o eleitor, contudo, não deve haver mudanças de propostas. Conforme João Edisom, o Brasil tem vários partidos que diferem entre si somente pelas bandeiras, sem renovação ou apresentação de propostas convergentes. 

“Os vários partidos que vão surgindo são, geralmente, irmãos gêmeos de partidos maiores. A mudança de pensamento ocorre com a mudança das pessoas e, no Brasil, temos as mesmas ideias espalhadas por vários partidos”, pontua. 

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