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Novo tratamento traz esperança e qualidade de vida a pacientes com depressão

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Novo tratamento traz esperança e qualidade de vida a pacientes com depressão
Equipe do IMECT (Foto: IMECT/Divulgação)

O distúrbio mental conhecido como depressão atinge 11,5 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Seus sintomas vão desde o descontentamento e desinteresse até a tristeza profunda. Pensando em auxiliar no tratamento dessas pessoas, o Instituto Mato-Grossense de Eletroconvulsoterapia (IMECT) trouxe uma técnica que promete ser inovadora para aliviar o sofrimento dos pacientes e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a doença.

Em entrevista exclusiva ao LIVRE, o médico psiquiatra José Rogoni, representante do IMECT, contou detalhes de como a releitura do antigo tratamento de eletrochoque – imortalizado pelo cinema hollywoodiano de forma negativa – vem agora trazendo esperança e qualidade de vida a pacientes com graves quadros de depressão. Ele garante que tudo é feito de forma humanizada e sem oferecer os efeitos colaterais mais conhecidos – como falta de disposição e desorientação ocasional – dos tradicionais antidepressivos.

Aparelho de Eletroconvulsoterapia
Aparelho de Eletroconvulsoterapia (Foto: IMECT/Divulgação)

A terapia utilizada pelo Instituto Mato-Grossense de Eletroconvulsoterapia consiste em provocar alterações na atividade elétrica do cérebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica. Ou seja, aplica-se choques na cabeça do paciente. Os efeitos, ele garante, são imediatos para o paciente que rapidamente apresenta melhora no quadro de depressão, podendo inclusive não apresentar sintomas da doença depois de 6 a 8 sessões.

A técnica de tratamento, de acordo com os aplicadores, é altamente eficaz e segura, e funciona com a estimulação neuronal por meio de pulsos elétricos curtos. A duração do estímulo é de apenas alguns segundos. Com a estimulação neuronal, eles contam que há uma reorganização do funcionamento cerebral do paciente por intermédio dos principais neurotransmissores envolvidos nos transtornos.

O Dr. Rogoni revelou que os resultados que vem sendo obtidos pelo IMECT tem surpreendido e que o tratamento é seguro. Ele conta que o Instituto hoje possui pacientes de todas as idades, incluindo uma senhora de 85 anos que entrou em uma grave depressão depois de descobrir que tinha câncer. Ela foi submetida ao tratamento e hoje, diz o médico, está melhor.

Custos

O psiquiatra também explicou que o principal desafio da eletroconvulsoterapia é a acessibilidade, pois as sessões ainda custam caro devido aos custos operacionais e ao fato de ser uma novidade no mercado.

Em Mato Grosso o Instituto Mato-Grossense de Eletroconvulsoterapia ainda é o único que oferece o tipo de tratamento. Entretanto, essa forma de combater a depressão vem se popularizando como promessa de alívio a quem sofre com a doença.

Entenda como funciona a eletroconvulsoterapia

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