O novo Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, que deve começar a funcionar no mês de dezembro, pode ter a mesma gestão que o Hospital Municipal São Benedito. Para o prefeito Emanuel Pinheiro, a Empresa Cuiabana de Saúde, que gerencia a unidade médica, tem sido exemplo. Além disso, ele acredita que a medida poderá “desafogar” a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Emanuel Pinheiro revelou que é sua vontade que a nova unidade de saúde de Cuiabá seja administrada por uma empresa 100% pública, como é a Empresa Cuiabana. A entidade foi criada em 2013, na gestão do ex-prefeito Mauro Mendes, por decreto, e é autorizada a administrar todas as unidades ligadas à SMS, mediante aprovação do Conselho Municipal de Saúde.
Para Pinheiro, passar a gestão à Empresa, que é vista como bom exemplo de administração, pode desafogar a Secretaria de Saúde. Dessa forma, a empresa pública fica responsável pelas unidades de média e alta complexidade, enquanto a Pasta cuida dos primeiros níveis de atenção à saúde.
“Hoje, 50% dos recursos da saúde e 70% da nossa energia e do nosso tempo são gastos com o atual Pronto-Socorro de Cuiabá, e isso vem há décadas. Se nada for feito para colocar o dedo na ferida e virar a página da saúde pública da Capital, eu serei mais um, e virá outro e vai ser a mesma coisa. E eu não vim para isso, não vim para a mesmice”, disse.
Conforme o prefeito, após a aprovação do conselho, a divisão de esforços se inverte: a secretaria de Saúde passa a gastar 70% dos recursos com a atenção básica, que são os postos e unidades básicas de saúde, e centros de especialidades. Além disso, também faria a gestão da atenção secundária, que envolvem as policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Dessa forma, a empresa pública fica com a gestão dos serviços de urgência e emergência, que são terciárias e envolvem procedimentos de alta e média complexidade.
“A empresa gere muito bem o [Hospital] São Benedito e pode construir esse modelo de gestão para o novo Pronto-Socorro. Deixa a gente aqui, na administração direta, cuidar da atenção básica, porque é lá que está 100% da população cuiabana”, afirmou.