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Novo disco de Caio Mattoso e Júlio Nganga tem música brasileira, dodecafonia e filosofia

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Novo disco de Caio Mattoso e Júlio Nganga tem música brasileira, dodecafonia e filosofia

Amigos de longa data, os músicos Caio Mattoso e Júlio Nganga lançam novo disco em parceria. O primeiro, Quando Todo o Cabaré Chora Contigo foi lançado em 2016. Agora, é a vez de Meu Pandeiro Veio Quebrado, já disponível no YouTube.

Caio Mattoso conta que os dois passaram por um processo de imersão intensivo no Estúdio Selvagem, em Cuiabá, para registrar o novo trabalho. “O inusitado processo de criação utilizado no primeiro álbum foi, quase que inteiramente, repetido nesse novo trabalho. Entramos de ‘peito aberto’ apostando na liberdade criativa. Começamos a compor, trabalhamos os arranjos e então, íamos gravando”, conta o cantor, compositor e produtor musical.

Segundo ele, o primeiro álbum contava com variações de estilos. “Tinha do brega ao funk, passando por hinos militares e marchinhas de carnaval”, se diverte. “Já este novo trabalho, possui ao menos dois fios condutores: música brasileira e dodecafonia”.

Para Caio, essas diretrizes musicais justificam o título do novo trabalho, que também dá nome à última faixa do novo álbum. “Desse modo, durante dez dias, o dia todo, não saímos do estúdio e passamos horas ouvindo música erudita alemã, Tom Jobim e Hermeto Pascoal. É uma fusão interessante, não é mesmo?”.

Apesar de ter sido livremente inspirado em música brasileira e dodecafonia, a dupla diz que não gosta de classificar o álbum nem de um jeito e nem de outro, principalmente por não querer “travar intermináveis debates acadêmicos sobre rótulos”, e preferem dizer, “é apenas música, ou talvez também filosofia”, como confessado ao serem pressionados (vale notar que ambos são também filósofos) e, por fim, acrescentaram “embora gostamos de debates, só não queremos nos comprometer”. O humor também se entrelaça ao conceito.

Eles avaliam que o resultado final soa como algo novo e inusitado. “Uma imagem complexa de samba modal com orquestras atonais e bossa nova impressionista que procura nos tirar para dançar e mergulhar esteticamente em nossas crises existenciais e amorosas, nos convidando ainda a uma aventura introspectiva através de ditados populares transformados em refrão e mantra, em uma das mais singelas canções do álbum, nos lembrando de quando contamos moedas e olhamos para dentro de nós mesmos perguntando, enfim ‘…mas quem sou eu na fila do pão?’”, filosofa Caio Mattoso. A propósito, tem música “Quem sou eu na fila do pão”, também.

(Com Assessoria)

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