Em todo o mundo, 15 milhões de crianças nascem prematuras todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No Brasil, a estimativa é de que, anualmente, 340 mil bebês nasçam antes de 37 semanas de gestação.
Ainda de acordo com o levantamento, a prematuridade é considerada a principal causa de morte em crianças nos primeiros 5 anos de vida no país.
Em 2020, uma equipe do Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG) realizou 1.633 partos normais e cesáreos e, desses, 12% foram prematuros. Já de janeiro a agosto de 2021, foram realizados 959 partos normais e cesáreos, sendo 11% deles de bebês prematuros.
Pensando nisso, o hospital alerta sobre o número de partos prematuros e como preveni-los, informando sobre as consequências do nascimento antecipado para o bebê. Uma delas é a questão da demanda de assistência constante, pois têm órgãos frágeis, peso baixo e ainda não estão completamente formados.
O grande susto
A dona de casa, Isabela Pereira, 26 anos, faz parte dessa estatística. A jovem deu à luz prematuramente em agosto de 2020, o pequeno Davi.
Isabela conta que sua gravidez estava normal e ao fazer um ultrassom foi diagnosticada a perda do líquido amniótico e infecção urinária. Devido a isso, o filho não estava recebendo os nutrientes e oxigênio necessários. Portanto, foi preciso fazer o parto prematuro.
Davi precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HG (UTI Neo). Hoje o bebê segue o desenvolvimento padrão.
O pediatra Afrânio Batista ressalta que para cumprir sua missão na assistência à maternidade, o HG investe na gestão para manter atendimento seguro, de qualidade e humanizado também aos bebês que nascem prematuramente, na unidade hospitalar, que atende casos de gravidez de alto risco.
“Lembramos que o Hospital dispõe de atendimentos 24 horas por dia, atende todas as gestantes e é porta aberta para qualquer emergência obstétrica”, reforça.
Causas e consequências
O pediatra Afrânio, que é também coordenador da UTI Neo, explica que as causas da prematuridade podem estar relacionadas à hipertensão materna, ou seja, pressão alta ou ainda com algum tipo de lesão que a mãe venha a sofrer.
Já o bebê prematuro pode, após o nascimento, pode apresentar problemas respiratórios e também de nutrição.
O alerta do HG é feito neste mês em que ocorre a mobilização “Novembro Roxo”, em prol da sensibilização da população aos riscos e causas da prematuridade dos bebês. O Dia Mundial da Prematuridade é lembrado em 17 de novembro.
“Queremos chamar a atenção sobre a importância desse tema, refletindo sobre a qualidade do atendimento oferecido aos nossos prematuros e às suas famílias e também pedir que as mulheres que estão amamentando e tem excesso de leite materno para que doem para o nosso banco de leite”, diz o pediatra.
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(Com Assessoria)