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Novela dos aplicativos de transporte

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Novela dos aplicativos de transporte
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os serviços de transporte por aplicativos têm dado o que falar desde sua chegada em Cuiabá, há dois anos, com a Uber. Já na época causava irritação a taxistas, que acreditavam perder seus espaços.

Novamente, os proprietários de táxis voltaram a ser uma “pedra do sapato” para os aplicativos e foram motivos de suspensão da votação do projeto de lei que visa taxar o serviço na Capital, prevista para a sessão da Câmara de Cuiabá desta terça-feira (11).

Na sessão, o representante dos motoristas da Uber, Kleber Campos, disse que estão há dias tentando discutir o projeto encaminhado pela Prefeitura. Ainda, observou que chegaram a se reunir com alguns parlamentares na segunda-feira (10), que, segundo o vereador Luís Cláudio (PP) não passou de cinco representantes da Casa de Leis. Na ocasião, concordaram com a votação da taxação.

No mesmo dia, também se encontraram com representantes da Semob. Lá, souberam que a pasta já havia preparado um projeto para apresentar. No entanto, quem ajudou a montar o documento, que trata exclusivamente dos serviços de aplicativo, foram justamente os concorrentes: os taxistas.

[featured_paragraph]“Me causou estranheza que esse projeto já estava sendo desenhado, pronto, e isso eu ouvi da boca dela, que o projeto não foi aprovado rapidamente porque a associação de taxistas emperravam o projeto e desenhavam como queriam que fosse feito. […] Não foi reivindicado ninguém do aplicativo, que vive o dia a dia, para falar sobre o projeto”, disse o representante.[/featured_paragraph]

Diante da situação, resolveram não aceitar o acordo feito com os parlamentares e pediram que o projeto fosse retirado de votação. “Desmembrem os 2%, não precisa votar hoje. Pedimos que vote esse projeto importante para a Capital, mas que separe a taxação dos 2%”, pediu.

Na visão do vereador Abílio Júnior (PSC), que ratificou o pedido do motorista, o primeiro projeto, elaborado pela Semob, tinha o objetivo de inviabilizar o serviço de aplicativo, uma vez que não foi conversado com nenhum motorista da categoria.

Enquanto o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) se exaltou e pontuou que a taxação proposta é a mínima permitida, e que as empresas já recolhem a taxação, o vereador Luis Cláudio (PP), líder do prefeito Emanuel Pinheiro na Câmara, criticou a postura de Abílio, mas, ao final, pediu a retirada do projeto da pauta.

Ele também chamou a atenção dos colegas, pedindo maior participação na discussão. Eles deverão se reunir e votar a matéria na próxima semana.

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