Consumo

Nova cédula deve impulsionar a economia, mas é preciso ficar atento à inflação

Economista diz que cédula de R$ 200 já estava programada pelo Banco Central, mas a pandemia fez mudar o contexto econômico

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Nova cédula deve impulsionar a economia, mas é preciso ficar atento à inflação
(Foto: Reprodução/Divulgação)

A nota de R$ 200 estava com lançamento programado pelo Banco Central desde o fim de 2019, onda de retomada econômica do Brasil. A intenção era colocar mais papel moeda, de olho no impulso de crescimento. 

A pandemia mudou o contexto, mas manteve o objetivo. O economista Ernani Lúcio de Souza, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), diz que a nota tem a missão de colocar mais dinheiro em circulação num cenário em que os brasileiros estão segurando suas reservas. 

“A emissão da nota neste ano deve colocar R$ 350 bilhões em circulação no país. O objetivo do Banco Central é fazer circular dinheiro, porque a pandemia está fazendo os brasileiros segurarem o que eles têm para gastar somente com o essencial, as coisas do dia a dia”, explica. 

Segundo o Banco Central, 450 milhões de notas de R$ 200 vão ser impressas até dezembro. 

O economista Ernani Lúcio de Souza afirma que a ação está sustentada no lastro de R$ 380 bilhões que os brasileiros têm em reserva, parte que foi gerada pela pandemia, que entraram no cálculo de base monetária e meio de pagamento. 

Contudo, ele alerta que a injeção monetária somente dará certo se o país conseguir segurar a inflação nos próximos meses. 

“A inflação está abaixo de zero, mas se medidas de contenção não forem tomadas daqui para frente, ela pode subir ao ponto de afetar o consumo, e nesse cenário a entrada da nova nota não ajudará muito”, comenta. 

Questionado se o cenário demandava a criação de uma nova nota do Real, ele explicou que o Banco do Central visou a economia, já que para alcançar a mesma quantia em cifra seria necessário a impressão de mais cédula, gerando mais gastos. 

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