Na manhã desta segunda-feira (15) se iniciou no parque de exposições da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) a segunda edição da feira agropecuária Norte Show, em Sinop (500 Km de Cuiabá). O evento que busca consolidação no mercado nacional do agronegócio conta esse ano com aproximadamente 160 expositores de diversos ramos com comercialização de colheitadeiras, tratores, caminhões, veículos, produtos agrícolas.
Segundo o presidente da Acrinorte, Olvide Galina, é esperado um aumento de 20% nas vendas, se comparado ao ano passado.
“A época para negócios é boa. Certamente vamos gerar ao menos 20% a mais de vendas. Nosso público alvo é o produtor, porém empresas de outros setores também se movimentam. Temos ao menos sete instituições financeiras com planos especiais de consórcios, financiamentos e linhas de créditos”, destacou, lembrando que a programação está repleta de palestras técnicas.
Já o presidente do Sindicato Rural, Ilson José Redivo, ressaltou que Sinop está em uma região extremamente privilegiada.
[featured_paragraph]“Estamos em uma terra fértil, com pessoas honestas. Entretanto, temos questões a serem solucionadas. O ponto mais preocupante é a logística que tira a rentabilidade do produtor. Sinop está no centro do País e temos péssimas condições nas rodovias. A BR 163 precisa ser finalizada e a ferrovia precisa ser implantada. Além disso, há a carga tributária excessiva, como agora a taxação de Fethab sobre o milho, e também a questão burocrática”, salientou. [/featured_paragraph]
Já a prefeita do município, Rosana Martinelli, relatou que problemas de logística são constantemente discutidos com os governos estaduais e federais.
“Em breve haverá novidades sobre essas questões que tiram rentabilidade do produtor. Também vale destacar que esse evento só tem fatores positivos para agregar em Sinop e toda região. Nos permite adquirir mais conhecimento, nos propicia a vinda de muitas pessoas. Com certeza fortalece a economia”, afirmou lembrando que ações assim colocam Sinop como um pólo de mais de 32 municípios do norte do Estado e sul do Pará.
Ainda durante a feira, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan, lançou o “Movimento Mato Grosso Forte – Quem paga imposto cobra resultado”.
[featured_paragraph] “Esse movimento é uma luta legítima de quem ajuda o Estado e está sendo sacrificado por uma gestão ineficiente dos recursos públicos, que se arrasta há anos em Mato Grosso”, contou. [/featured_paragraph]
O diretor da Inpasa Agroindustrial, Flávio Peruzzo, contou estar confiante sobre a consolidação da Norte Show.
“Isso tudo é muito grande, e tem potencial para crescer muito mais. Temos certeza absoluta que a Norte Show irá se consolidar como um dos principais eventos do agronegócio nacional”, pontuou.
Mato Grosso Forte
As cobranças da Aprosoja e produtores giram, principalmente, em razão das péssimas condições das rodovias estaduais. O descontentamento se arrasta há anos. Um vídeo que circula nas redes sociais convoca os produtores a participarem de um ato marcado para o dia 15 de maio, em Cuiabá.
[featured_paragraph] “De que adianta pagarmos tantos impostos se na hora de recebermos de volta o que é de direito, não temos o mínimo necessário? De que adianta sermos o maior produtor de grãos do país se na hora de escoar a produção o que temos são estradas precárias? Os produtores de soja e milho de Mato Grosso exigem respeito a quem trabalha e produz. Está na hora de virar a página da inércia e exigirmos a aplicação correta do dinheiro que contribuímos com Estado”, diz parte do vídeo. [featured_paragraph]
O presidente da Aprosoja, Antônio Galvan, afirmou que o movimento representa um marco para o Estado.
“Mato Grosso padece pela má gestão dos recursos públicos. Nós produtores de soja e milho, cansamos de tentar o diálogo, de fazer propostas como foi feito ao longo dos últimos meses para evitar que houvesse o desvio na destinação dos recursos do Fethab. A taxação sobre o milho veio para inviabilizar a produção e não podemos aceitar isso. Ao longo do mês vamos reunir nossos produtores, mobilizar e debater esses e outros assuntos que afetam a vida do cidadão que trabalha e produz e está cansado da inércia, até culminar no ato no dia 15 de maio”, concluiu