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Nomofobia: quando o uso da internet se torna doença

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Nomofobia: quando o uso da internet se torna doença
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Como você reage quando não está perto do celular? Ou, quem sabe, se precisa passar horas em um local que não possui conexão com a internet? Cuidado. Se a ansiedade bater, pode ser que você esteja sofrendo de nomofobia (do inglês No Mobile Phone Phobia). É o que explica ao LIVRE o psiquiatra Carlos Renato Periotto.

De acordo com o profissional, o fenômeno ainda é recente, mas deve ser identificado com mais frequência nos próximos anos, devido aos consequentes avanços das tecnologias. No entanto, é preciso entender que não é o tempo que você passa em frente ao computador ou celular que te classifica com a patologia.

Periotto destaca que, geralmente, a patologia é identificada em quem já tem uma doença-base, como ansiedade, crises de pânico e transtorno obsessivo compulsivo. Além disso, o comportamento nocivo não tem um perfil exato. Ou seja, engana-se quem pensa que apenas os mais jovens estão suscetíveis ao vício. Contudo, por ser a faixa etária que mais está conectada, a atenção sobre ela deve ser redobrada.

“Muitas pessoas usam a internet como ferramenta de trabalho durante mais de oito horas do seu dia. Só que depois ela sai, vai para o mercado, e não tem ansiedade por estar desconectada. Isso seria um uso significativo, mas sem a classe patológica”, destaca.

O primeiro passo para identificar se o uso da internet está se tornando uma doença é a observação do comportamento. Depois, o psiquiatra pondera que é preciso ter bom-senso quanto ao uso dos aparelhos eletrônicos.

“Ele precisa saber dosar, principalmente dos jovens. Mas passar a perceber qual é o momento de desligar aquele aparelho. E se notar que sofre, realmente, quando há a falta do celular, procurar um psicólogo ou psiquiatra”, aponta.

Questionado, o psiquiatra disse discordar que haveria uma “pressão” da sociedade pela “vida online”. O profissional revela que, na realidade, o vício no uso do celular acontece devido a uma “autorrecompensa”.

Ele explica: “Essa pessoa começa a usar o celular como uma ferramenta principal de vida, e quando se vê ausente dessa ferramenta, ela começa a ficar muito ansiosa, inquieta”.

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