O deputado Nilson Leitão (PSDB) assume nesta terça-feira (14/02), em Brasília (DF), a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma das mais importantes do Congresso Nacional, com 222 deputados e 24 senadores.
A bancada foi comandada nos últimos dois anos pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG) e tem em pauta vários temas polêmicos, como demarcações de terras indígenas e a nova legislação do trabalho rural.
A cerimônia de posse será realizada a partir das 20h (horário de Brasília), no Dúnia City Hall. Na ocasião, líderes do agronegócio receberão homenagens do setor.
Mais cedo, com a presença de 40 deputados, Leitão participou do evento que marcou a última reunião da FPA sob a liderança de Montes.
Em entrevista à imprensa, ele afirmou que sua missão será levar adiante discussões de interesse do setor, como as reformas tributárias, trabalhista e previdenciária.
“Nós temos um projeto especifico da reforma trabalhista rural. É um projeto de Lei que já está apresentado e que vamos tentar agregar à reforma trabalhista do governo federal. Nosso projeto é uma lei autoaplicada, moderna e que traz proteção jurídica para o trabalhador e o empregador”, disse o deputado.
Segundo ele, a votação das reformas será “partidária”, mas a frente tentará “influenciar” o resultado geral, além de exigir fidelidade naqueles temas de interesse da agricultura.
“Cada deputado vai discutir dentro do seu partido, mas a frente vai influenciar sim, porque vamos trazer técnicos para debater, vamos escolher o melhor caminho, o melhor texto e forma para colaborar com a reforma. A decisão de voto não é algo que a frente irá exigir dos seus, a não ser naquilo que é específico do setor”, disse.
Outro desafio, segundo o parlamentar, será impedir que prosperem as tentativas de ampliar a carga de impostos sobre o setor agropecuário, especialmente sobre os exportadores. “Não somos favoráveis a aumento de imposto. Se tem um setor que tem segurado o Brasil é a agricultura e o campo. Prefiro muito mais que os estados modernizem suas máquinas para que possam arrecadar mais”, disse.