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Nem só de carne: churrasqueiros fazem fama do Festival Braseiro

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Nem só de carne: churrasqueiros fazem fama do Festival Braseiro
Foto: Assessoria

O cheiro de carne assada, lenha e temperos pairam pelo Festival Braseiro e a boa música anima o público de 3,5 mil pessoas. Mas a festa onde a atração principal é a boa comida também encanta quem presta atenção na atuação deles: os churrasqueiros.

O trabalho é todo feito em meio aos gritos de “tira a carne”, “bora gente”, “coloca a carne”, “olha o hambúrguer”, “oi, aceita um boi no palito?”.  Isso sem contar as sirenes, sinos, buzinas e todo tipo de artimanha para chamar a atenção do cliente.

Voluntários, são eles que comandam a festa de dentro das estações. Em Rondonópolis, no dia 24 de agosto, se distribuíram em 56 espaços com diversos cortes e modos de preparos no Villa Toscana Residencial.

Alguns estão desde a primeira edição enquanto outros estreiam. Entre eles, um grupo de seis crianças de 12 anos se viram churrasqueiros profissionais por 7 horas. Foi a primeira estação Kids em sete edições do Festival.

Foto: Assessoria

José Carlos, mais conhecido entre os rondonopolitanos como Margarete ou simplesmente Marga, foi um dos estreantes do Braseiro.

A realização do sonho de estar participando do evento solidário veio do convite de Rafael Almeida Becker, de apenas 12 anos.

Marga auxiliou um grupo de crianças de 12 anos a comandar a estação “Boi no Palito”.

“Estar aqui no Braseiro é um prazer. Sempre quis participar, mas devido à minha agenda não conseguia. Esse ano, graças à Deus estou participando com uma galerinha fera”.

Somente em 2018, Marga realizou 220 churrascos em eventos e festas em Rondonópolis.

E a ideia de ter uma estação somente de crianças foi de Rafael Almeida Becker. Surgiu em uma brincadeira, conversando com o seu pai sobre o Festival.

“Eu fiz essa brincadeira de fazer as crianças aprenderem a fazer a carne. Meu pai passou a ideia para o tio Marco Túlio Duarte Soares (idealizador do evento e presidente da Associação Braseiro) e ele acabou aprovando, o que eu não esperava. Convidamos o Marga e ele topou. Participar do Braseiro é uma aula gigante”.

Foto: Assessoria

Nicolas Nogueira Orsi, de 12 anos, revela estar “orgulhoso” de si mesmo. “É um incentivo até mesmo para os colegas de escola”, diz ele, que integrou a equipe de crianças.

Cassio Antônio, conhecido pela “Cozinha do Cassim”, é figurinha tarimbada no Festival Braseiro e outros eventos do tipo pelo Brasil afora. A edição de Rondonópolis do Festival foi o 27º evento do qual ele participou no Brasil.

“Além dos churrascos, tenho uma empresa que trabalha com muçarela. Comecei a fazer faculdade de gastronomia, mas me identifiquei com a carne. Tranquei a faculdade e fui estudar só carne. Já rodei seis a sete Estados participando de eventos voltados para churrasco. De início eu procurava, e ainda procuro, mas hoje já estão entrando em contato comigo”, comenta Cassim.

De Rondonópolis, ele vê os festivais de churrasco em franco crescimento. “Muitos dizem que é moda, mas não é. Isso já vemos nos Estados Unidos. Os maiores festivais são lá”.

Mal Passado é com ELAS

Mal passado é com ELAS. Este é o grupo formado por mulheres churrasqueiras de Rondonópolis que está presente em todas as edições do Festival Braseiro. A missão é mostrar que mulher também sabe fazer churrasco.

No evento em Rondonópolis elas comandaram a estação “Nelore com Marmoreio”. Conforme Ana Maria Ribeiro Fiori, uma das integrantes do grupo, a ideia de criação do grupo surgiu por um acaso.

“Nosso grupo iniciou com a ideia de ter uma equipe só de mulheres. É um grupo fora do evento. No Braseiro, contamos com uma equipe de sete meninas. Sempre estamos convidando mulheres com interesse para participar”, comenta Ana Maria.

Festival Braseiro

O Festival Braseiro já é referência nacional em eventos do segmento, devido à dimensão alcançada em três anos, nas sete edições realizadas.

Na edição de Rondonópolis, foram consumidas 5,3 toneladas de carne em 56 estações de alimentação por 3,5 mil pessoas.

Outro fator considerável para o evento conquistar este patamar é a causa social. Todo o lucro obtido é revertido para 13 instituições filantrópicas beneficentes.

São elas: Lar Cristão, Santa Casa, Lar dos Idosos, Louis Braile, Rotary – Vila Operária, Casa do Adolescente, Associação Boa Semente, Associação Laura Vicunha, Unidade Municipal Jonas Cavalvanti (UMEI), Associação Rondonopolitana de Deficientes Visuais (ARDV), Associação de Pacientes Oncológicos de Rondonópolis (APOR), Paróquia São Domingos Savio – Restauração Recanto Fraterno, Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (ARPTA).

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