Não há confiança sem constância
Dizer isso pode até parecer trivial, mas há algumas coisas escondidas nessa obviedade.
Me diga: por que você tem certeza absoluta de que o sol nascerá amanhã?
Exatamente!
Porque ele faz isso todos os dias, sem exceção. Todos os dias ele está lá. Se o sol nascesse um dia e no outro não ou alternasse seus horários, com certeza você não confiaria nele como você o faz hoje.
Se não há confiança sem constância, acredito também que não haja constância sem rotina.
Sim, essa temida palavra na qual as pessoas têm medo de “cair”. O que acontece, nesse caso, é a confusão de rotina com monotonia.
Por definição, rotina é algo que fazemos regularmente. A sua rotina pode ser mais animada e emocionante que a de um aventureiro, se assim você quiser, mas não deixará de ser uma rotina.
São Josemaria Escrivá disse que a preguiça na rotina é falta de amor. E se o sol pensasse um dia: “Nossa, hoje não tô afim de nascer, vou tirar o dia de folga”?
E se o seu coração decidisse que é chato ficar batendo, batendo? O que aconteceria?
Não estou dizendo que toda atividade repetitiva é essencial nem que não possa ser maçante, mas se elas precisam ser feitas, fazê-las por amor me parece uma ótima desculpa.