A senadora Selma Arruda (Podemos) declarou estar espantada com a “celeridade incomum” que acredita ter sido caso do seu processo de cassação. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), desembargador Gilberto Giraldelli, por sua vez, afirmou que a Corte não fez mais que sua obrigação.
Giraldelli destacou que a celeridade processual deve ser uma tendência para as próximas eleições. Disse ainda que casos como o da juíza aposentada, que envolvem infrações eleitorais e cassação de mandato, devem ser priorizados.
“Julgamento em prazo razoável, principalmente matéria eleitoral, me parece que é obrigação de todos nós. Infelizmente, muitas vezes não conseguimos dar uma celeridade a todos os processos, mas está lá previsto na Constituição que a razoável duração do processo é um dever de todo o Poder Judiciário”, disse, na manhã desta quarta-feira (4).
O magistrado não quis comentar sobre outros exemplos da política, como o deputado federal José Medeiros (Podemos). Nas eleições passadas, Medeiros era senador e teve o mandato cassado faltando poucos meses para o fim da gestão.
Giraldelli disse apenas que não é possível assegurar que todos os processos vão correr em um tempo razoável, mas que essa deve ser a tendência para as próximas eleições.
Ainda, o desembargador garantiu que as leis funcionam e a fiscalização existe, e que, por isso, casos como o da senadora, que foi condenada na Justiça Eleitoral estadual, acontecem. Disse ainda que a situação deve servir de exemplo para quem pensar em transgredir as leis nas próximas eleições.