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“Não existe disputa por territórios em Mato Grosso”, diz secretário sobre facção

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“Não existe disputa por territórios em Mato Grosso”, diz secretário sobre facção
Sesp

Diferente de seus antecessores, Gustavo Garcia parece ter bem menos problemas a que se preocupar. Em suas mãos, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) – uma das pastas mais conturbadas politicamente da gestão Taques – já não parece ser a mesma secretaria dos grampos ilegais, descobertos em julho de 2017.

Antes do escândalo se tornar um problema mais jurídico do que político, Garcia já ensaiava o seu estilo diplomático. Algo que ficou ainda mais evidente depois do ataque à UPA Morada do Ouro, organizado por uma facção criminosa. Aliás, a palavra “Comando Vermelho” é para Garcia o mesmo que a palavra “grampos” ainda é para Mauro Zaque, Zaqueu Barbosa e Rogers Jarbas.

Desde o final do ano passado, o grupo criminoso está nos noticiários e tem obrigado o secretário a fazer o mesmo para mostrar trabalho e defender a gestão. O discurso do gestor é simples: o controle está com o Estado e a população não tem com o que se preocupar.

“Não existe disputa de território aqui no estado. Não existe disputa de território com qualquer organização criminosa. Até porque nossas forças policiais estão preparadas para qualquer tipo de ameaça, nós somos muito qualificados. E aqui, diferentemente de alguns estados, nós temos uma autoestima muito elevada. O policial civil e militar têm muito orgulho de fazer parte da sua instituição”, afirmou Garcia, em entrevista concedida ao LIVRE.

Durante a conversa, o secretário lembrou dos investimentos maciços feitos na segurança e tentou demonstrar que a compra de mais viaturas, a contratação de mais policiais e a aplicação de recursos na inteligência são argumentos suficientes para o cidadão se sentir protegido.

“Nós temos por exemplo uma Gerência de Combate ao Crime Organizado, uma unidade de referência que está à disposição de todo sistema de segurança pública, para o enfrentamento”, lembrou.

Garcia, que é carioca, fez o mesmo que Taques ao falar sobre violência no estado, e repetiu a comparação entre a situação de Mato Grosso com o Rio de Janeiro, que está sob intervenção militar.

Além da geografia e do crescimento populacional, o secretário diz que a principal diferença está na autoestima dos policiais.

“O poder da força aqui em Mato Grosso ele é próprio das forças policiais, basta ver as prisões que são feitas. E estas ações não começaram agora, nós não trabalhamos com emoções, nós trabalhamos de forma técnica”, finalizou.

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