Escolhido pelo governo federal para estampar a nota de R$ 200 – que entrará em circulação no fim de agosto – o lobo-guará encontrou morada relativamente segura no Cerrado brasileiro.
Dos cerca de 24 mil indivíduos que (estima-se) vivem em todo o país, cerca de 14 mil estão no bioma que ocupa aproximadamente 40% do território mato-grossense.
O que não é motivo para comemorar. A população dos lobos-guarás está em declínio. A situação mais crítica é no Rio Grande do Sul, onde estima-se que existam apenas 50 indivíduos.
A maior ameaça para o lobo-guará é a perda do habitat e os atropelamentos.
1. Agricultor do Cerrado
O título de agricultor do Cerrado se dá em função da alimentação. Além de animais de pequeno porte, como roedores, os lobos-guarás comem uma grande variedade de frutas.
As sementes desses frutos quase sempre saem intactas nas fezes, que são espalhadas pelo território do animal. E, com isso, novas árvores nascem.
A “função especial” dos lobos-guarás ajuda, portanto, na recomposição de campos degradados e até mesmo das florestas do bioma.
2. Campos e florestas
Os lobos-guarás preferem áreas abertas e campos para viver. Por isso, é comum encontrar os animais em pastagens onde antes haviam florestas.
Eles ocupam áreas que variam de 20 km² a 115 km², a depender da disponibilidade de alimentos.
Para marcar presença, usam fezes e urina, além de uma vocalização características que também serve para se comunicar com os parceiros e filhotes.
3. Filhotes
A gestação não passa de 65 dias. Uma fêmea pode gerar até cinco filhotes, mas essa prole costuma nascer no mês de junho.
Quando nascem, a fêmea não sai da toca e é alimentada pelo macho.
Os filhotinhos nascem pretos, com a ponta da cauda branca.
4. Dados científicos
- Nome científico: Chrysocyon brachyurus
- Tipo: mamífero
- Dieta: onívoro
- Tempo de vida médio na natureza: 12 anos
- Tamanho: entre 95 cm a 115 cm
- Peso: entre 20 kg e 33 kg
- Status de ameaça: quase ameaçado
- Tendência populacional: declinando