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Na nota de R$ 200: quase 60% dos lobos-guará ainda vivos estão no Cerrado

Apesar da pompa de homenageado, a população dos lobos-guarás está em declínio e ele já aparece na lista de animais ameaçados

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Na nota de R$ 200: quase 60% dos lobos-guará ainda vivos estão no Cerrado
(Foto: Rogerio Cunha/ICMBio)

Escolhido pelo governo federal para estampar a nota de R$ 200 – que entrará em circulação no fim de agosto – o lobo-guará encontrou morada relativamente segura no Cerrado brasileiro.

Dos cerca de 24 mil indivíduos que (estima-se) vivem em todo o país, cerca de 14 mil estão no bioma que ocupa aproximadamente 40% do território mato-grossense. 

O que não é motivo para comemorar. A população dos lobos-guarás está em declínio. A situação mais crítica é no Rio Grande do Sul, onde estima-se que existam apenas 50 indivíduos.

A maior ameaça para o lobo-guará é a perda do habitat e os atropelamentos.

1. Agricultor do Cerrado

O título de agricultor do Cerrado se dá em função da alimentação. Além de animais de pequeno porte, como roedores, os lobos-guarás comem uma grande variedade de frutas.

As sementes desses frutos quase sempre saem intactas nas fezes, que são espalhadas pelo território do animal. E, com isso, novas árvores nascem.

A “função especial” dos lobos-guarás ajuda, portanto, na recomposição de campos degradados e até mesmo das florestas do bioma.

2. Campos e florestas

Os lobos-guarás preferem áreas abertas e campos para viver. Por isso, é comum encontrar os animais em pastagens onde antes haviam florestas.

Eles ocupam áreas que variam de 20 km² a 115 km², a depender da disponibilidade de alimentos.

Para marcar presença, usam fezes e urina, além de uma vocalização características que também serve para se comunicar com os parceiros e filhotes.

3. Filhotes

A gestação não passa de 65 dias. Uma fêmea pode gerar até cinco filhotes, mas essa prole costuma nascer no mês de junho.

Quando nascem, a fêmea não sai da toca e é alimentada pelo macho.

Os filhotinhos nascem pretos, com a ponta da cauda branca.

4. Dados científicos

  • Nome científico: Chrysocyon brachyurus
  • Tipo: mamífero
  • Dieta: onívoro
  • Tempo de vida médio na natureza: 12 anos
  • Tamanho: entre 95 cm a 115 cm
  • Peso: entre 20 kg e 33 kg
  • Status de ameaça: quase ameaçado
  • Tendência populacional: declinando

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