O candidato a governador pelo PR, Wellington Fagundes, propôs a criação de uma comissão tripartite para definir como aumentar a receita pública e aplicar o recurso, em seu eventual governo. A comissão seria formada pelo setor produtivo (indústria, comércio e agropecuária), por representantes dos servidores e pelo governo. A proposta foi apresentada durante sabatina com os candidatos a governador na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), na manhã desta segunda-feira (17).
“Esse foro permanente vai discutir o que é possível fazer para promover uma revisão fiscal e aprimoramento de gastos. No caso das despesas, vamos envolver todos os Poderes”, explicou.
Wellington defendeu a união dos opostos, servidores e empresários, para chegar a um meio-termo nas negociações. “Tenho direita e esquerda na minha chapa justamente para encontrar uma solução. Vejo uma antagonismo em Mato Grosso que não é bom”, afirmou.
O senador evitou propor uma reforma tributária estadual, e disse que espera a reforma nacional, que está em discussão. Ele demonstrou preocupação ainda com a pressão de outros Estados para acabar com a Lei Kandir, que isenta de impostos os produtos agropecuários para exportação.
“Espero que o próximo presidente faça isso em 2019. Reformas têm que ser feitas no primeiro ano de governo”, disse. “O que podemos fazer no Estado é aumentar a eficiência da máquina pública para arrecadar, evitando a sonegação, e aumentar a eficiência dos gastos”, afirmou.
O candidato não quis também se comprometer a atender pedidos da Fiemt que não dependem exclusivamente do Poder Executivo, entre elas, reduzir a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia elétrica e óleo diesel.
“Não posso detalhar nada que não será decisão exclusiva do governo de Mato Grosso. O governador não vai chegar com uma vara de condão e resolver tudo. Muita coisa depende de projeto de lei e aprovação na Assembleia. Eles queriam que eu me comprometesse a reduzir impostos logo que assumisse o governo”, citou.