O cancelamento do Censo Demográfico, anunciado pelo governo federal, vai trazer muitas consequências para os municípios de Mato Grosso, principalmente os menores. O prognóstico foi feito pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).
A entidade revela que a “não realização da contagem populacional representa uma perda financeira para os cofres municipais de R$ 317 mil por mês”. Por ano, a perda pode chegar a R$ 4 milhões.
“Os municípios e as populações locais são prejudicados, pois o número de habitantes define, por exemplo, os coeficientes de repasse do Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de custeio da maioria das cidades”, explica.
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De acordo com a pesquisa da AMM, cinco municípios de Mato Grosso poderiam mudar de coeficiente e ampliar o repasse do FPM caso a realização do Censo confirmasse o aumento da população local.
Em Araputanga, por exemplo, o aumento de 30 habitantes já seria suficiente para alterar o coeficiente de 1.0 para 1.2. Situação semelhante é verificada em Itiquira, que necessita do acréscimo de apenas 33 habitantes para também alcançar o coeficiente 1.2, aumentando o repasse da transferência constitucional.