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Mulheres ligadas ao agro discutem estratégias de comunicação entre campo e cidade

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Mulheres ligadas ao agro discutem estratégias de comunicação entre campo e cidade

Com o objetivo de discutir maneiras de comunicar sobre a produção agrícola para as cidades, cerca de 150 mulheres ligadas ao agronegócio se reuniram nesta terça-feira (17) para um workshop em Cuiabá. O evento intitulado “Capacitar para Transformar”, promovido pelo movimento Agroligadas, ocorreu no auditório da Famato e contou com a participação de mulheres de todas as regiões do Estado.

O alvo, segundo a presidente do grupo, Geni Schenkel, é construir uma ponte entre o campo e a cidade, mostrando como funciona a produção agrícola. Por isso, as esposas de produtores, sucessoras, agrônomas e representantes de instituições do agro, participaram de palestras sobre comunicação, economia agrícola, e diálogo estratégico.

Presidente do movimento Agroligadas, Geni Schenkel (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

As reuniões surgiram há um ano, período em que o Congresso Nacional discutia a lei dos defensivos agrícolas. Enquanto os diretores da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) discutiam os impactos que essa lei causaria, ela e as outras mulheres ficavam de fora das conversas. “Sabíamos muito superficialmente do que se tratava e aí, conseguimos alguém que viesse falar para nós mulheres”.

Na primeira reunião foram 40 mulheres, agora, elas já são 250 Agroligadas. Nesse período o grupo definiu sua missão e valores, que foram apresentados durante o workshop. “Não queremos brigar. Queremos tirar essa imagem do Brasil sendo carregado por um tratorzinho. Não queremos contra-atacar os ataques. Esse evento é para explicar como se comunicar com a sociedade”, disse ao LIVRE.

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Trabalhando no agro há mais de 15 anos, a publicitária Cláudia Luz, uma das palestrantes do evento, revelou que já tinha visto outros movimentos, mas nenhum tão consistente como esse. Cláudia disse que há uns três anos tem percebido o surgimento de várias iniciativas como essa em todas as regiões do Brasil.

Publicitária Cláudia Luz (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

“Algumas pesquisas dizem que as mulheres já lideram 30% das propriedades no país. Por algum motivo elas só ficavam em suas propriedades. Mas hoje elas também querem falar. Eu acho isso fantástico. Como cientista fico pensando o que elas têm para falar que é tão forte”, observa.

Cláudia lembrou que as mulheres estão cientes da parte técnica da produção e, por terem  sensibilidade, possuem uma visão diferente da que os homens tem. “Não acho que temos que comparar quem é melhor ou pior, mas elas trazem uma grande contribuição para o setor”.

A jovem Camila Telles, assessora de Comunicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), também falou durante o Workshop sobre a pressão que enfrenta diariamente ao se expor em defesa do agro brasileiro. Ela recebeu o apoio do grupo de mulheres e disse estar emocionada com as demonstrações de carinho.

Recentemente ela foi tema de matéria no LIVRE, após um vídeo publicado por ela “viralizar” nas redes, no qual esclarece algumas informações desencontradas aos comentaristas do canal GNT.

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