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Mulher presa com recém-nascido “roubado” diz que mãe negociou doação ilegal

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Mulher presa com recém-nascido “roubado” diz que mãe negociou doação ilegal
Foto: Assessoria

A agente de viagens Patrícia Severino da Silva, de 28 anos, presa na sexta-feira (21), em Cuiabá, acusada de ter roubado uma recém-nascida de Minas Gerais, prestou depoimento à Polícia Civil de Pouso Alegre (MG) e afirmou que a mãe da criança deu o bebê por não ter condições de criá-la. Agora a polícia investiga se o caso não foi uma denúncia falsa.

Segundo divulgou o Jornal EPTV, de Minas Gerais, Patrícia, que foi presa no Terminal Rodoviário de Cuiabá, chegou em Pouso Alegre na noite desta quarta-feira (25) e prestou depoimento ao delegado Renato Gavião. Ela garantiu que não raptou o bebê, conforme a denúncia da mãe. Disse ainda que ela pagou pelo parto e que aceitou a doação ilegal porque não pode ter filhos.

[featured_paragraph]”Eu perguntei pra ela: você tem certeza que é isso que você quer? você vai dar mesmo? porque eu vou pagar o seu parto, eu vou ter gasto. E ela afirmou: ‘eu vou dar, eu não tenho condições de ficar com essa criança’. Eu já perdi três vezes um filho com esse meu [marido] atual e pouco tempo atrás eu descobri que ele não poderia mais ter filhos”, contou à reportagem.[/featured_paragraph]

De acordo com as declarações, o encontro entre Patrícia e a mãe da criança aconteceu nas redes sociais, por meio de uma página no Facebook para adoção espontânea. Foi lá e no WhatsApp onde elas negociaram a doação do bebê.

Foto: Reprodução EPTV

O delegado de Pouso Alegre informou que deverá ouvir a mãe da criança novamente, uma vez que os indícios apresentados por Patrícia são pertinentes. A exemplo, o delegado citou que a comunicação do rapto da criança foi feita mais de 10 dias depois que a bebê desceu e foi doada. Agora a polícia trabalha com três hipóteses: doação espontânea, rapto e falsa comunicação de crime.

À reportagem, Patrícia disse que está arrependida do acontecido, porque está sendo acusada de um crime que não cometeu. No entanto, ela já foi condenada em Rondônia por rapto de crianças. O caso em questão aconteceu no município de Ji-paraná, em 2011. Ela também já tem passagem criminal por uso de documentos falsos.

Até que a situação seja resolvida, a criança foi levada para um abrigo do Conselho Tutelar de Santa Rita do Sapucaí (MG), onde o caso aconteceu. O destino da criança será analisado na Vara da Infância. O Ministério Público também já acompanha o caso e Patrícia deve permanecer na cadeia, após um mandado de prisão preventiva ter sido cumprido.

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