Os moradores do edifício Ilha dos Açores, no Bairro Verdão, em Cuiabá, ficaram chocados com uma situação que aconteceu no prédio na terça-feira (03). Uma moradora de um dos apartamentos do 13º andar jogou uma quantidade significativa de óleo pela janela e atingiu um adolescente de 14 anos, que estava no térreo.
O óleo não estava quente, então a criança não se feriu, mas levou um grande susto, visto que seu uniforme, bermuda, tênis, mochila – e materiais escolares que estavam dentro dela – ficaram encharcados.
A mãe do menino, Cristianne Teodoro Ojeda, disse ao LIVRE que estava chegando no edifício junto ao filho quando ele foi acertado.
“Graças a Deus que o óleo não estava quente. A gente chegou, eu fui buscá-lo no colégio, era mais ou menos 11h50, quando a gente saiu do carro, ele estava um pouco a frente, e aí caiu o óleo. Ele falou: ‘mãe, não é água, é óleo’”, relatou a mãe, afirmando que ficou muito brava.
Ela registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia em que tudo aconteceu e a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) foi até o condomínio.
[featured_paragraph]“A policial civil ficou impressionada com a quantidade de óleo, porque manchou o prédio inteiro, desde o 13º andar, foi caindo e manchou o prédio todo, são 12 andares”, contou Cristianne.[/featured_paragraph]
Segundo a mãe, a vizinha nega ter jogado o óleo e diz que não estava no prédio no momento do ocorrido. Porém, Cristianne afirmou ter visto o carro da vizinha assim que chegou na garagem. Além disso, a porteira que estava de plantão no dia contou que nem a mulher, nem o marido, saíram de casa nessa terça-feira (03).
“Eu falei: ‘e se o óleo estivesse quente?’, mas ela nega que tenha sido ela”, disse a mãe, indignada.
Junto ao síndico, a mãe da vítima conferiu todos os andares do prédio e, segundo ela, até o 13º, todos ficaram sujos pelo óleo, e, a partir do 14º – onde não mora ninguém – não há nenhum rastro, o que a levou a acreditar que só pode ter sido a vizinha do 13º. Além disso, ela afirmou que todas as paredes sujas ficam na direção da lavanderia do apartamento da suspeita.
“Ela jogou pela lavanderia. A parede do lado de fora do apartamento dela está suja e foi pegando as sacadas de todos os andares, além de cair dentro, manchou todo o prédio por fora”, relatou a mãe.
Cristianne mora no edifício há apenas dois meses, mas o síndico relatou a ela que o casal do 13º andar, que tem entre 30 e 40 anos, é alvo de reclamações há muito tempo. “São pessoas que não sabem viver em sociedade”, afirmou Cristiane.
No fim da manhã desta quarta-feira (04), outra moradora entrou em contato com o LIVRE relatando que mais óleo teria sido jogado hoje, atingindo as sacadas de apartamentos de andares inferiores. Ainda não se sabe se o produto teria vindo do mesmo apartamento do dia anterior. Ela pediu para não ser identificada.