Uma mulher de 30 anos foi estuprada na madrugada desse domingo (30) em uma festa em Barra do Garças (520 km de Cuiabá), enquanto estava em coma alcoólico e possivelmente dopada por drogas.
Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, a vítima havia ingerido bebidas alcoólicas e feito uso de drogas em uma festa privada – em desacordo com as normas de prevenção da covid-19 – e, por isso, perdeu a consciência.
Com isso, ela ficou deitada em um quarto da casa, visto que a festa era realizada na residência de amigos. Um homem, no entanto, aproveitou-se da situação e abusou sexualmente dela.
Testemunhas chegaram a ver o homem entrando no quarto e uma, até mesmo, a vê-lo praticando o crime, mas esta não viu que a vítima estava desacordada e pensou ser uma relação consentida.
Quando perceberam que a mulher estava desacordada, as testemunhas tentaram fazê-la recuperar a consciência, viram que ela não se recordava de nada do que havia acontecido e acionaram a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram, no entanto, o suspeito já havia fugido.
Sem consentimento
A Polícia Judiciária Civil começou as investigações do caso imediatamente. A vítima estava hospitalizada no Pronto-Socorro e foi ouvida, mas não se recordava de nada, pois estava dopada quando tudo aconteceu. Ela disse à polícia, porém, que não se lembrava de ter consentido o ato, não tinha qualquer envolvimento anterior com o suspeito e que jamais consentiria a relação, devido à sua opção sexual.
Como ela não se lembrava do ocorrido, a elucidação do caso só foi possível graças à oitiva imediata de todas as testemunhas, que contaram quem encontrou a vítima, como ela estava, quem era o suspeito e todos os detalhes possíveis.
Com os depoimentos, os policiais civis conseguiram descobrir onde o suspeito trabalhava e foram ao local, mas ele havia faltado ao serviço. Em seguida, descobriram que ele estava na casa da avó e foram até a residência, onde ele foi localizado.
O suspeito foi detido e encaminhado para a delegacia, onde foi ouvido pelo delegado Adriano Alencar, que concluiu que realmente houve o crime de estupro de vulnerável, pela situação de vulnerabilidade que a vítima se encontrava, e o prendeu em flagrante.
O acusado foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi realizada a coleta de sêmen, para que seja feito o confronto genético do suspeito com o material encontrado na vítima. Também foram coletadas roupas íntimas da vítima e do suspeito para a realização de perícia. O suspeito segue detido.
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