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Mulher dada como morta consegue comprovar trabalho e vai se aposentar

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Mulher dada como morta consegue comprovar trabalho e vai se aposentar
Enfim, Dona Bega conseguiu resolver sua situação junto aos registros da Prefeitura (Foto: Suellen Pessetto/ O LIVRE)

Depois de tentar por oito anos, e sem sucesso, conseguir um documento que provasse que ela havia prestado serviço à Prefeitura de Cuiabá como enfermeira por dez anos, Begail Eufrásia conseguiu, enfim, resolver sua situação. A luta da idosa de 64 anos foi noticiada em matéria publicada pelo LIVRE, na semana passada.

“Não foi como eu ansiava, mas já é um grande avanço”. Acolhida pelo secretário-adjunto de Previdência de Cuiabá, Fernando Jorge Mendes, saiu do Cuiabá-Prev, com documentos oficiais que podem ajudá-la a se aposentar logo.

“Eu disse ao secretário que, depois de tanto tempo, só agora tive a sorte de encontrar um atendimento diferenciado; o secretário mesmo ressaltou que é resultado de um esforço pela humanização do atendimento”, testemunha.

O secretário Fernando Jorge, por sua vez, disse que Begail não sabe precisar qual seria o órgão que teria emitido a documentação que apontava o motivo da exoneração dela, como por falecimento. E que não se tratava de um documento oficial, mas printado de uma tela.

“Mas conseguimos ajudá-la apenas com os documentos que podiam comprovar que ela havia prestado serviço à Prefeitura”, diz.

Begail recebeu em mãos uma Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), que certifica o tempo que contribuiu para a previdência do município por 4 anos, 4 meses e 12 dias para aproveitamento junto ao MTPrev, pois ela deseja somar o período ao tempo de contribuição ao Estado.

“Pois o tempo que trabalhou na Prefeitura, ela não era efetiva, era contratada. Depois de 1998, uma emenda constitucional mudou essa função da previdência dos entes da federação, que puderam ter seu próprio regime de previdência. Depois desse período, apenas os casos dos efetivos ou que foram estabilizados em seus cargos são de responsabilidade do Cuiabá Prev”, explica.

“Além do CTC, foi entregue uma Certidão de Tempo de Serviço (CTS) com as devidas fichas financeiras de Begail e que poderá ser aproveitada junto ao INSS, tendo em vista corresponder a tempo posterior à emenda constitucional”.

Segundo o secretário-adjunto, é possível que ela já consiga se aposentar por idade, como desejava. Com as novas regras, a mulher pode solicitar aposentadoria com mínimo de 60 anos. Agora, ela deve buscar orientação no INSS”.

Dona Abegail disse que já agendou horário no INSS. “Mas só consegui para dezembro. Enfim, eu já achava que tinha perdido essa batalha. Mas consegui o inesperado, ainda que não seja os tão sonhados dez anos, antes isso do que nada né? Eu tenho que agradecer muito a atenção que o secretário Fernando Jorge me deu”.

E é claro, se havia algum registro incorreto sobre o suposto falecimento de Abegail, tudo agora está resolvido. “Afinal de contas não existe uma certidão de óbito”, diverte-se.

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