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Mulher atropela assaltantes: A revolta das vítimas

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Mulher atropela assaltantes: A revolta das vítimas

Conforme notícia do LIVRE, “ao ser assaltada por um casal em uma motocicleta nas proximidades do Bairro Recanto dos Pássaros, em Sinop (500 km de Cuiabá), uma mulher de 31 anos se revoltou, seguiu os suspeitos com seu carro e os atropelou, deixando os dois com vários ferimentos. O caso aconteceu na noite da última segunda-feira (27)”.

Dias atrás, também aqui, outro caso chamou a atenção: “Em meio a um assalto próximo à Estrada Toca do Jacaré, em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá) um freteiro de 45 anos resolveu reagir, tomou a arma do bandido e conseguiu matá-lo com um tiro na cabeça. Na sequência, ele foi até a delegacia da Polícia Civil e relatou o ocorrido”.

São apenas dois exemplos daquilo que se torna cada dia mais real e palpável: as pessoas se cansaram de ser vítimas, de obedecerem aos criminosos como ovelhas que estão sendo levadas ao abatedouro e começaram a ignorar, conscientemente ou não, o velho mantra do “nunca reaja”, conselho esse que virou regra no Brasil e é repetido exaustivamente por “especialistas” em segurança, autoridades policiais, acadêmicos e “violenciólogos” que, de trás de suas confortáveis cadeiras, querem ditar como a sociedade deve se comportar em um assalto. Discurso que há anos aponto como sendo uma justificativa para o criminoso e pouco útil para as vítimas.

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Temos ainda uma busca recorde pela compra legal de armas, na qual poucos conseguem suplantar a via crucis da draconiana e proibitiva legislação brasileira; a procura crescente por cursos de tiro, em especial por mulheres; as milhares de ofertas de sprays de pimenta ou similares, armas de choque, porretes e quaisquer outros objetos que possam ser usados como último recurso contra criminosos cada vez mais cruéis e audazes, que encontram acolhida e acalanto nos chamados “direitos humanos”, nas leis lenientes e nos discursos sociológicos.

Políticos que até outro dia eram execrados por expressarem sua simpatia ao direito de autodefesa pelo cidadão, hoje lideram pesquisas eleitorais. Se eram exceção, hoje não são mais. Dezenas de candidatos aos mais variados cargos surgem nas minhas redes sociais pedindo apoio e divulgação. Só para se ter uma ideia, em 2005 tínhamos no Congresso Nacional menos de uma dúzia de políticos que nos eram simpáticos.

O pior de tudo é que os mesmos que nos trouxeram até aqui não fazem a menor ideia do que está acontecendo e repetem o mesmo caminho, imaginando chegar em local diferente algum dia. Buscam explicações e culpados em todos os lugares. Hora acusam o “loby dos fabricantes de armas”; hora acusam o medo difundido pela imprensa. Nada disso!

Mais fácil seria achar a resposta se olhassem embaixo da própria cama, pois são eles os verdadeiros causadores do que estamos assistindo atualmente. São os causadores dessa revolta das vítimas. Do basta em ser uma vítima indefesa, desarmada e amedrontada que passou a vida esperando uma segurança prometida e utópica. As pessoas se cansaram da covardia, ainda mais da covardia imposta. O resto é tecnicismo bocó e inútil para o mundo real. Ah! E escrevam aí: só está começando…

Bene Barbosa é especialista em segurança, escritor, presidente do Movimento Viva Brasil, palestrante e autor do best-seller Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento.

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