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Mudança para BRT pode travar renovação de ônibus em Cuiabá por mais tempo

Empresas vencedoras da licitação de 2019 estão sem data para assumir serviços por causa da pandemia - e o BRT passou a ser novo fator

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Mudança para BRT pode travar renovação de ônibus em Cuiabá por mais tempo
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A exploração do transporte coletivo em Cuiabá pelas empresas vencedoras da licitação de 2019 pode tardar mais uma vez. A validade do contrato tinha o início previsto para 2020, mas, por causa da pandemia, as empresas pediram que o adiamento do prazo. 

Agora, a modificação de modais pelo governo do Estado, VLT por BRT, também entrou em rota de colisão com o cronograma. Nesse ínterim, a exploração continua no modelo de acordos emergenciais concedidas pela prefeitura. 

Nessa quarta-feira (6), O Estado notificou as prefeituras de Cuiabá e de Várzea Grande com a recomendação de aguardar a troca de frotas para evitar “desperdício de dinheiro público”. O governo afirma que a implantação de corredores para o BRT vai gerar mudanças para adequar os carros de transporte coletivo ao novo modal. 

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Conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), o plano de integração entre ônibus e BRT prevê algumas linhas com atendimento direto entre regiões distintas, usando a infraestrutura do corredor exclusivo em determinados trechos.  

Conflito

Contudo, a Prefeitura de Cuiabá diz que a concessão homologada em 2019 traz adaptações tanto para o VLT quanto para o BRT (na época em que a licitação foi lançada não havia sinal de solução da polêmica do modal). 

Esse argumento está sendo usado como sustentação para a retomada de negociação de prazo com as empresas vencedoras da licitação. O secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, afirma que até maio 50% da frota dos ônibus na Capital estarão adaptados com ar-condicionado, uma exigência do edital. 

“A concessão do transporte coletivo pertence ao município e não ao Estado. Nós queremos discutir com o governo [a concessão de transporte] e não sermos obrigados a fazer o que o Estado quer fazer. Pelo contrato com as empresas, em maio já teremos 50% da frota com ar-condicionado”, afirmou. 

Atraso da pandemia 

Conforme matéria publicada em novembro pelo LIVRE, as empresas não quiseram arriscar entrar na concessão num cenário de redução de frota, o que afetaria a programação financeira.  

Na época, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) disse que a Procuradoria Geral do Município estudava a data para a revalidação do contrato com as vencedoras licitação. Ontem, o secretário Antenor Figueiredo disse que a conversa será retomada, mas não informou data.    

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