Mato Grosso

MT: orçamento de 2021 não prevê dinheiro para compra de vacina

A intenção de compra foi comunicada ao Butantan, mas o projeto em votação na ALMT não especifica com que recursos

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MT: orçamento de 2021 não prevê dinheiro para compra de vacina
(Foto: Reprodução/Veja)

Na última sexta-feira (11), o governo de Mato Grosso oficializou ao Instituto Butantan a intenção de adquirir 500 mil doses da Coronavac, caso a vacina seja autorizada pela Anvisa e o governo federal não crie um plano nacional de imunização contra a covid-19. Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 – em tramitação na Assembleia Legislativa -, entretanto, não há previsão de como o Estado vai pagar por isso. 

A afirmação é do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), segundo quem a falta de recurso exclusivo para a vacinação no orçamento de 2021 pode atrasar a compra das vacinas disponíveis. 

“Até a sexta-feira da semana passada, o governo não tinha previsão alguma de como poderá ser feita a aquisição de vacinas. A decisão de visita ao Instituto Butantan já faz parte de um planejamento tardio. As negociações deveriam ter começado meses atrás com os laboratórios”, criticou Lúdio. 

O deputado afirma que, em um planejamento adequado, o Estado procuraria os laboratórios em estágios avançados de produção de vacinas para uma conversa sobre compra. O leque de negociações seria justificável, tanto pelo andamento das pesquisas, quanto pela logística de distribuição e pelos preços variados. 

“Tem vacina com logística mais fácil e um efeito X; outra vacina com logística mais difícil e tem um efeito diferente da primeira. Sem contar que os preços variam muito”, comentou. 

As 500 mil doses da CoronaVac, em produção no Instituto Butantan, seriam suficientes para imunizar menos de 10% da população mato-grossense, visto que cada indivíduo precisa receber duas doses.

Pela estimativa de prioridade, não cobriria sequer todo o grupo de risco para a covid-19, como idosos e pacientes com comorbidades. 

O que diz a Secretaria de Estado de Saúde?

A reportagem do LIVRE entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso para comentar as declarações do deputado. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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