Mato Grosso

MT negocia R$ 200 milhões por redução na emissão de carbono

Dinheiro não tem data e forma de pagamento e é avaliado abaixo da emissão de carbono cortada pelo Estado

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MT negocia R$ 200 milhões por redução na emissão de carbono

Mato Grosso negociou pré-acordos de cerca de US$ 30 milhões em compensação de redução na emissão de carbono. A quantia deve ser paga, a crédito perdido, pelo governo da Inglaterra e pelo banco alemão KFW. 

O valor, negociado durante reuniões na COP-26, em Glasgow, na Escócia, foi anunciado nesta quarta-feira (10) pelo governador Mauro Mendes. O valor é bem abaixo da quantia estimada para 1 bilhão de metros cúbicos de carbono a menos emitidos, com o recuso no desmatamento e queimada entre 2020 e 2019. 

“Esse valor não corresponde nem a 5% do valor que Mato Grosso deveria receber pela redução de carbono. Há muitos governos e empresários interessados na redução do carbono e acreditamos que, após a COP-26, o mercado de carbono vai alavancar”, disse a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. 

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A quantia, cerca de R$ 200 milhões, é aplicada sem obrigação de pagamento nos Estados e países que conseguem reduzir a emissão de carbono. Esse foi um dos principais assuntos debatidos nos primeiros dias da COP-26. 

A secretária disse que, até 2022, Mato Grosso deve receber ao menos R$ 60 milhões por metas da agenda ambiental internacional já alcançadas. 

Uma estimativa do Instituto Centro Vida (ICV) diz que Mato Grosso precisaria de, pelo menos, R$ 40 bilhões para bater a meta de zerar a emissão de carbono até 2050. 

Conforme o governador, US$ 15 milhões do banco alemão já estão garantidos e outros US$ 15 milhões são aguardados da reunião com o governo britânico.

Pressão do mercado 

O mercado de compensação está no impasse de produtores que se mostram dispostos a reduzir a derrubada de mata e melhorar a infraestrutura de produção, atividades na parte de cima da lista dos maiores responsáveis pela emissão do gás poluente, e a falta de investidores. 

“É uma ação que precisa dos dois lados. O produtor vai precisar melhorar o capim que planta no pasto, a ração que dá para o gado, e os empresários vão ter compensar aquilo que foi deixado de ser desmatado. É um assunto urgente que precisa de mais atenção do mundo”, disse o governador Mauro Mendes. 

Segundo ele, as mudanças mais sólidas deverão ser implantadas pela pressão do consumidor, que tende, nos próximos anos, a cobrar mais a origem sustentável de produtos naturais.  

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