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MT faz sugestões ao plano de erradicação da aftosa

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MT faz sugestões ao plano de erradicação da aftosa

Pecuaristas mato-grossenses sugeriram a discussão de três pontos do Plano Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) e a criação de um fundo nacional para socorrer o país caso surja um surto da doença. O documento com as sugestões foi elaborado pelas principais entidades do agronegócio do Estado e entregue a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta semana.

Na carta, as entidades dizem ser favoráveis à retirada da vacina de forma gradativa, mas pedem ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que discuta questões centrais sobre a pecuária do maior rebanho do país, o de Mato Grosso, com cerca de 30 milhões de cabeças.

A primeira sugestão diz respeito ao financiamento do programa. A classe sugere que os subsídios para o plano venham do governo federal para os Estados. Isso incluiu recursos para a modernização do sistema do Instituto de Defesa Agropecuária Animal (Indea) à ampliação de barreiras sanitárias e redes para o diagnóstico da doença, por exemplo.

Mato Grosso possui mais de 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia e a fiscalização nesta região é a que mais preocupa o setor, pois, não poderá haver transito de animais de uma área sem vacinação para uma área com vacinação. Esse ponto, as entidades solicitam que toda responsabilidade seja do governo federal, tanto de pessoal quanto de recursos financeiros.

“A fronteira com a Bolívia é um ponto crítico de introdução de aftosa e merece total atenção”, disse ao LIVRE em entrevista anterior o presidente do Indea, Guilherme Nolasco. Os gastos com barreiras móveis e fixas passam dos R$ 4 milhões ao ano e são custeados pelo Instituto e pelo Fundo Emergencial de Sanidade Animal (Fesa). 

O documento pede ainda a criação de um banco de vacina, cujo custo com a manutenção seja dividido entre os Estados de forma proporcional ao tamanho do rebanho.

Por fim, a carta pede a criação de fundo nacional que atenderia as emergências sanitárias, como por exemplo, um surto de febre aftosa no país. O diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Antônio Carlos de Sousa, afirma que esta medida é uma das mais relevantes, pois, segundo ele, muitos Estados não possuem um fundo estadual. “Aqui nós temos o Fesa à disposição. Por isso, não podemos designar mais recursos para um fundo nacional. Acarretaria mais gastos ao produtor de Mato Grosso”, afirma.

A retirada da vacinação da aftosa em todo o país deve ocorrer até 2023. De acordo com o Plano Estratégico os primeiros estados a extinguirem a vacinação serão Acre e Rondônia em 2019. Em seguida, em 2020, será a vez do Amazonas, Pará, Amapá e Roraima e os estados do Nordeste, com exceção do Sergipe e da Bahia. Em 2021 termina a vacinação nas demais regiões do país, incluindo Mato Grosso.

A carta foi elaborada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em parceria com a Acrimat, Acrismat, Ovinomat e Aproleite.

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