Mato Grosso é o quarto maior consumidor de energias renováveis no Brasil e tem potencial de suprir a demanda global do Estado em 30 anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registra 37,1 mil unidades consumidoras de energias renováveis em solo mato-grossense, 99% são de energia solar.
O mercado está abaixo somente ao de Estados com população mais de três vezes maior, como Rio Grande do Sul e São Paulo.
Porém, duas cidades aparecem na lista das maiores consumidoras no país. Cuiabá, dentre as Capitais, está em primeiro lugar e Sinop aparece na 10º colocação no ranking geral.
“Por se tratar de centros, as Capitais e os consumidores residenciais correspondem a 90% do mercado brasileiro e Cuiabá está neste parâmetro. O restante dos consumidores é de empresas comerciais de médio e grande porte. Mas, a energia solar tem ficado cada vez mais comum”, explica o coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ivo Dorileo.
Crescimento até 2050
Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE), o PhD em planejamento de sistemas energéticos diz que Mato Grosso tem condições de produzir 5,6 gigawatts em energia fotovoltaica nos próximos 30 anos.
Segundo ele, o volume em potencial supriria toda a demanda existente hoje por energia hidrelétrica no Estado. Porém, o recente mercado está travado por questões de infraestrutura e preços.
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“É lógico que ainda se levará anos para o mercado ganhar desenvolvimento mais robusto, mas o que temos até agora é sólido. Dependemos de atualizar a infraestrutura e, para isso, gerar instalação mais barata e impulsionar mais o mercado”, afirmou.
Conforme a Aneel, o Brasil tem 500 mil unidades consumidores de energia fotovoltaica. Estima-se que o número chegue a 887 mil unidades até 2024.
O setor corresponde 1,7% da matriz de energia, com crescimento mais acelerado nas regiões Sul e Sudeste.