Um mês depois da segunda fase da Operação Sangria, que apurou um esquema de monopólio na saúde do estado, montado por organizações criminosas, o Ministério Público do Estado (MPE) ofereceu denúncia contra o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, e outros médicos e administradores, por “fraudes em contratos de prestação de serviços médicos hospitalares”. Huark foi apontado como líder de esquema..
A operação foi deflagrada no dia 18 de dezembro, pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), tendo como alvos Huark Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali e Luciano Correa Ribeiro e Fábio Alex Taques Figueiredo, que permaneceu foragido durante dias.
Conforme o MP, Huark seria o líder da suposta organização criminosa, e direcionaria contratos e licitações de prestação de serviços de saúde para as empresas Proclin (da qual Huark fazia parte), Prox Participações e Qualycare.
A última empresa, na semana passada, informou a interrupção nos serviços de home care em razão de dificuldades financeiras.
De acordo com a assessoria do MPE, a denúncia foi recebida pela juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.
Ela ainda deverá analisar o documento para decidir se acata ou não as denúncias. Se acatadas, o ex-secretário e os demais investigados passarão a ser réus em ações na Justiça.
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