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MPE investiga Emanuel por suposta propina e suplementação à Câmara

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MPE investiga Emanuel por suposta propina e suplementação à Câmara

Ednilson Aguiar/O Livre

Prefeito Emanuel Pinheiro

O suposto pagamento de propina ao prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB), na época em que ele ainda era deputado, começou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE). O promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior instaurou inquérito para apurar possível ato de improbidade administrativa do peemedebista.

A investigação é embasada na representação protocolada pelo Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania, a ONG Moral. Além de Emanuel, as prefeitas de Juara, Luciane Bezerra (PSB), e de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira (PSDB), foram citadas no pedido e a tendência é que também se tornem alvos de inquéritos.

“Existem diligências sendo realizadas no caso delas e, quando essa fase terminar é que vamos analisar avaliar se os inquéritos serão instaurados ou não”, afirmou o promotor de Justiça.

Todos foram citados nos depoimentos que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) prestou em acordo de delação premiada. Emanuel e Luciane chegaram a ser flagrados em vídeo recebendo dinheiro supostamente para apoiar iniciativas da gestão Silval na Assembleia Legislativa.

Já Thelma teria cobrado o desvio de R$ 1 milhão de uma emenda parlamentar destinada por ela, quando ainda era deputada federal, para realização implantação de um sistema de tratamento e distribuição de água em Chapada dos Guimarães.

Suplementação

O promotor de Justiça também deve investigar se a suplementação de R$ 6,7 milhões paga pela Prefeitura de Cuiabá à Câmara de Vereadores tinha mesmo o intuito de barrar a CPI proposta no Parlamento contra Emanuel Pinheiro.

A destinação do dinheiro foi aprovada um dia depois de a maioria dos vereadores se recusar a assinar o pedido de investigação contra o prefeito. Duas ações populares culminaram na decisão judicial pela anulação do crédito extra à Câmara.

Tanto o prefeito, quanto o presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), sustentam a legalidade no repasse e afirmam que as negociações para o pagamento são anteriores à divulgação do vídeo em que Emanuel Pinheiro aparece recebendo dinheiro.

A investigação sobre a legalidade do repasse, inclusive, foi solicitada pelos próprios vereadores em visita ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, no último dia 15. Na oportunidade, 11 dos 25 parlamentares foram à sede do Ministério Público cobrar a instauração de um inquérito acerca da denúncia.

Outro lado 
O secretário de Comunicação e Inovação de Cuiabá, José Roberto Amador, o Bebeto, afirmou que a suplementação à Câmara de Cuiabá não se efetivou por conta de uma decisão liminar da Justiça e de uma medida cautelar imposta pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Já quanto à denúncia do ex-governador Silval Barbosa, pontuou que a Prefeitura de Cuiabá não vai se manifestar por determinação do prefeito Emanuel Pinheiro, que vem tratando a situação como uma questão pessoal.

“O que ele tem afirmado é que vai comprovar, no momento oportuno, que não cometeu nenhum ato ilícito e que já vem adotando as medidas necessárias para se defender”. 

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