O deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), sua mãe e dois irmãos estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE), por suspeita de fraudes ambientais.
A investigação, determinada no dia 1º de julho, é movida pelos promotores de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano e Joelson de Campos Maciel, responsáveis pelas apurações da Operação Polygonum, deflagrada em 2018, com quatro fases.
Conforme o MPE, foram verificadas inconsistências no Cadastro Ambiental Rural das Fazendas Goio Bang I e II, localizadas em Rondolândia e de propriedade da família Avalone.
Apesar de localizada no interior, a investigação é movida em Cuiabá pelo fato de os cadastros serem processados e analisados na Capital, onde diversas informações falsas foram inseridas no sistema.
Segundo o órgão, até a determinação da investigação, já tinham sido identificados 345 lançamentos de informações falsas nos Cadastros Rurais Ambientais, que resultaram no cancelamento ou suspensão dos dados junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Para esclarecer os fatos, o deputado,a mãe Ida Festa Avallone, e os irmãos Marcelo Avalone e Carlos Avalone Júnior devem ser ouvidos em audiência marcada para a próxima sexta-feira (5).
Polygonum
A operação teve origem com investigação da Delegacia do Meio Ambiente, em conjunto com o Ministério Público Estadual, para apurar um esquema de fraude no sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com quatro fases, a operação resultou até mesmo na prisão do então secretário, exonerado em dezembro do ano passado, ainda na gestão de Pedro Taques (PSDB). Segundo as investigações, a irregularidade ocorria pois não era feita auditoria nos procedimentos para aprovação dos cadastros.
Outro lado
O LIVRE tentou contato com o deputado pelo telefone, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto para manifestação.