Cerca de 200 motoristas de aplicativos de transporte decidiram aderir à greve dos caminhoneiros nesta quarta-feira (22) em protesto contra o aumento do combustível e a tarifa baixa de empresas como a Uber. Eles fizeram buzinaço e registraram “Uber Off” “Uber Greve” no vidro dos carros.
Os condutores decidiram parar depois de discutirem internamente a possibilidade de uma mobilização. Os motoristas percorrem avenidas principais de Cuiabá em protesto nesta tarde. Nesta quinta (23), os manifestantes planejam parar tudo e impedir que nenhuma corrida seja feita.
“Todo mundo decidiu parar a partir de amanhã porque não tem condições. Muitos de nós trabalham até 12 horas por dia, eu trabalho 10 horas todo dia para tirar no máximo 100 reais no final do expediente”, contou o motorista Rodrigo Camargo, de 23 anos.
Segundo ele, a tarifa baixa do aplicativo, o desconto das empresas de tecnologia – que pode chegar a 30% – e o preço dos combustíveis têm tornado o trabalho dos motoristas cada dia mais exaustivo.
“Para o cliente é ótimo, mas para quem dirige é só trabalhar sem ter resultado nenhum”, conclui. Camargo é um dos 200 condutores mobilizados.
O protesto teve início na rodoviária de Cuiabá e percorre as avenidas Miguel Sutil e Fernando Corrêa. O trânsito tem ficado mais lento por conta da mobilização. Os condutores planejam se juntar aos caminhoneiros mobilizados na região do Distrito Industrial de Cuiabá.
