O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira (1º/11) o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para comandar o superministério da Justiça. Moro destaca que tomou a decisão de abandonar a magistratura para, como ministro, implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição.
“Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências”, disse Moro, em nota à imprensa.
Bolsonaro convidou o juiz federal para assumir o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, que estão envolvidas nessa operação.
A reunião entre os dois ocorreu na casa de Bolsonaro, no Rio de Janeiro (RJ). O encontro durou cerca de 1h30. Moro ressaltou ainda que se sentiu honrado com o convite feito pelo presidente eleito.
Veja a nota de Sério Moro na íntegra:
“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências”.