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Moradores rejeitam centros para covid e Prefeitura de Cuiabá suspende instalação

Decisão engloba dois bairros da Capital onde, segundo o secretário de Atenção Básica, as pessoas ficaram com medo do aumento de casos

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Moradores rejeitam centros para covid e Prefeitura de Cuiabá suspende instalação

A Secretaria de Saúde de Cuiabá precisou recuar da instalação de centros especializados em atendimento a pacientes da covid-19 em dois bairros. A razão para isso foi o medo dos moradores de proliferação do contágio. 

O planejamento previa a adaptação de unidades básicas de saúde já construídas no Tijucal e no Cidade Verde para que fossem recebidas e consultadas as pessoas com sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). 

“Mas os moradores não quiseram que a gente fizesse a mudança por medo de que, com o aumento na circulação de pessoas pelo bairro, indo para esses centros, também aumentaria o contágio. E não dá para jogar politicamente contra a população”, disse o secretário-adjunto de atenção básica, Luiz Gustavo Rabani Palma, ao LIVRE. 

Os centros especializados fariam o tratamento precoce das pessoas com sintomas da SRAG, o que inclui a covid-19. 

Segundo o secretário Luiz Gustavo, 16 unidades de atenção básica, além de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e policlínicas, deverão começar a avaliar os sintomas de potenciais pacientes da covid-19 e receberão medicamentos do “kit covid”, caso o médico responsável pela consulta ache necessário. 

O que dizem os presidentes de bairro?

Presidente do Tijucal, Josimar Hebert Forte negou a informação de que os moradores teriam rejeitado a instalação ou adaptação de uma unidade em centro especializado para pessoas com SRAG.

Ao LIVRE, disse considerar que a medida seria “até melhor” para socorrer a população. 

Já a presidente do Cidade Verde, Márcia Auxiliadora Camargo, afirmou que a recusa ocorreu por causa das características da população idosa e do bairro, que possuí ruas estreitas e casas germinadas, incluindo a área do posto de saúde.

“Como não sabíamos o que era a doença, ficamos receosos. Aqui no bairro tem vários moradores na casa dos 50, 60 anos; as casas são grudadas umas nas outras. E se fosse trazido o centro especializado para cá, iria juntar pessoas o dia todo, num local em que, se um carro vem em uma direção, o outro tem que subir na calçada para deixar passar”, ela explicou. 

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